Na coluna desta semana, Jamar Tejada fala sobre a influência dos pais na alimentação dos filhos durante a infância e como este momento é determinante para o futuro destas crianças
JAMAR TEJADA Publicado quarta 24 fevereiro, 2021
O adulto com problemas de saúde hoje, foi ou raramente não, a criança que se alimentava mal durante sua infância. Não estou entrando no mérito da escassez, estou falando sobre a criança que teve má educação alimentar, que come o que quer em troca do seu “não choro” e que infelizmente irá chorar na vida adulta pelas consequências de uma infância na qual o alimentar era visto com pesar.
Não preciso ir muito longe para confirmar essa minha teoria, basta entrar num mercado que, com certeza, você encontrará em algum corredor um filho pedinte e pais sem paciência que cedem as chantagens emocionais dos pequenos, aliás quem é a criança? Inverteram-se os papéis!
Se vamos pensar na questão: “De quem é a culpa?”, não tenha dúvidas que esta cairá sobre os pais. A má alimentação dos filhos é a resposta e justificativa para a falta de tempo dos pais, ou seria para a preguiça?
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Não é só nas feiras que se encontra uma alimentação mais natureba, pode ser no mercadinho ao lado de casa ou mesmo pelo aplicativo do celular. O problema é esticar a mão na prateleira ou o dedo no celular para tentar o novo. A criança tem paladar infantil, ajustável, aprende a gostar daquilo que prova, pode até não gostar, mas tenta, isso se o adulto que ofereceu não faz cara feia ao lado. A criança se abre ao novo, diferente do adulto chato que tem mente formada e fechada.
Tais pais, tais filhos
Você já percebeu que muitas crianças só comem aquilo que os pais gostam? Nunca vi um pai e/ou mãe comprarem algo que particularmente não gostam para darem ao filho. Se os pais não gostam de brócolis, é quase certo que essa criança passará uma infância sem brócolis, assim como se os pais gostarem de tomate, vai ser tomate que ela comerá por toda a infância. Aí ouvimos os pais dizerem: “Meu filho não gosta de brócolis, igual ao pai!”. Pobre criança, só viu o brócolis uma única vez na vida e nesse dia o próprio pai ou mãe refugaram no canto do prato. Da mesma forma quando a criança não aceita comer toda a comida do prato e os pais a recompensam com um doce, um biscoito, mas não uma fruta, que mensagem será que estão passando aos filhos? Que doce é um prêmio!
Infelizmente biscoitos, bolachas e bolos de farinha refinada fazem parte da alimentação de mais de metade dos bebês brasileiros, com menos de dois anos e os refrigerantes e sucos artificiais estão no cardápio de um terço das crianças da mesma faixa etária, isso nos dados de uma Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados há 6 anos -- não tenho os dados atuais, mas acredito que sejam ainda piores, ainda mais com a quarentena por tanto tempo.
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Alimentos processados, gordurosos, com alto índice de açúcar, conservantes e corantes, os chamados alimentos inflamatórios, devem ser evitados em qualquer fase da vida, mas os efeitos podem ser ainda mais impactantes se consumidos desde cedo, pois os estudos mostram que o peso do indivíduo até os 5 primeiros anos de vida tem grande influência sobre o peso na vida adulta.
Mas o problema não é apenas o sobrepeso na vida adulta, mas esse despertar para a má qualidade alimentar, que além de ser viciante te afasta cada vez mais de uma dieta realmente nutritiva, te aproximando do diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares e até mesmo o temido câncer.
Então, se você pai e/ou mãe, infelizmente acha difícil mudar sua dieta nessa altura da vida, se esforcem pela boa alimentação de seus filhos. A saúde deles lá na frente vai depender diretamente da sua boa atitude como pai hoje! Além disso, os pais devem controlar a alimentação de seus filhos e não os filhos ditar as regras da mesa! Não esquecendo que assim como os alimentos, os exercícios físicos são fundamentais, quanto mais músculo essa criança desenvolver na primeira infância mais o organismo cria uma memória metabólica que dificultará o aumento de peso no futuro, sem falar no gosto pelo esporte!
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Nunca é tarde para mudar
Ainda mais quando se trata de boa qualidade em saúde! Se você já educou mal seus filhos, agora reeduque para o bem, desperte neles a vontade para a comida de verdade. Talvez você tenha que criar alguns truques para esse despertar e aí vão algumas dicas.
Se hoje você sofre com problemas de saúde e reconhece que deveria ter aprendido lá atrás sobre “amor a saúde” eduque seus filhos com esse seu aprendizado, tenha um propósito!
Uma atitude saudável é contagiosa, não espere que ele aprenda sobre isso na escola, a maior escola é dentro de sua própria casa, está no amor que você passa a seus filhos, na rica comida que você põe a mesa! Você é o maior exemplo ao seu filho, crie um homem cheio de saúde e acima de tudo um homem que lá na frente sempre vai lembrar com carinho pela maneira como foi criado!
JAMAR TEJADA
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