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Plantas para o exercício físico? Sim! A natureza pode te ajudar nas atividades diárias; entenda

A fitoterapia aliada ao exercício físico pode combater a dor, melhorar o sistema imune e ser coadjuvante no tratamento de lesões musculares, explica Jamar Tejada

Plantas para o exercício físico? Sim! A natureza pode te ajudar nas atividades diárias; entenda – Freepik

Quando pensamos em força, exercício físico ou crescimento muscular, logo pensamos em suplementos como whey, creatina, BCAA, glutamina ou cafeína. Mas, cada vez mais as plantas utilizadas com fins terapêuticos – há mais de 5.000 anos – estão sendo empregadas quando o propósito é desempenho e performance física.

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O uso de plantas com essa finalidade teve início na Medicina tradicional Chinesa pelos praticantes das artes marciais e, nos dias de hoje, buscando métodos naturais para suplementação, e a fim de evitar os riscos e efeitos colaterais associados às drogas sintéticas (até mesmo o doping), elas têm sido a escolha. Mas, não se preocupe, não pense que você precisa beber litros de chá para obter os resultados. Isso não seria nada prático!

Cada planta possui vários ativos e esses ativos podem ser isolados e transformados em fitoterápicos para o nosso consumo, e logo, o uso de cápsulas de fitoterápicos são a alternativa.

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Mas afinal, o que são fitoterápicos?

De acordo com a RDC nº 26/2014 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) é um produto obtido de planta medicinal ou de seus derivados (exceto substâncias isoladas) com finalidade profilática, curativa ou paliativa e são obtidos com emprego exclusivo de matérias-primas ativas vegetais, cuja segurança e eficácia são baseadas em evidências clínicas e que sejam caracterizadas pela constância de sua qualidade.

Como os fitoterápicos podem ajudar na performance física?

Pensando na performance física, alguns pontos devem ser levados em consideração, como o consumo de oxigênio e de nutrientes no músculo que aumenta drasticamente durante a prática de exercício físico, assim como o acúmulo de alguns metabólitos provenientes do metabolismo das células musculares como, por exemplo, o ácido láctico, que gera a fadiga muscular e, quando acumulado, causa até dor, comprometendo o desempenho físico e esportivo.

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A prática de atividade física acaba gerando inflamação e estresse oxidativo, que podem acabar por desencadear um comprometimento imune, com comprometimento da saúde do atleta, em especial em exercícios de longa duração e de resistência.

Outro ponto é a prevenção do dano muscular e a aceleração da sua recuperação para realizar os exercícios com eficiência máxima, que devem ser objetivos primordiais – ainda mais para quem compete.

É sabido que grande parte dos produtos que circulam no mercado para esses objetivos otimizados não podem ser livremente utilizados, em especial, para atletas.

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A Agência Mundial Antidoping (WADA) estabelece periodicamente uma lista com substâncias e métodos que são de utilização proibida por atletas. Nesta lista estão incluídas substâncias que interferem na ação ou nos níveis de hormônios no organismo, bem como aquelas que possam promover uma melhora desproporcional no desempenho.

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“Nas plantinhas encontramos vários macronutrientes como carboidratos, lipídeos, proteínas e ácidos nucleicos com valor nutricional importante”

Elas também produzem metabólitos secundários, denominados fitoquímicos, os medicamentos das plantas, que desenvolvem efeitos farmacológicos no organismo humano e tem sido associado aos benefícios que algumas plantas promovem sobre o desempenho físico.

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Sobretudo, tem sido demonstrado que medicamentos fitoterápicos apresentam efeitos positivos sobre a resistência cardiorrespiratória, a hipertrofia muscular, o ganho de força e a recuperação muscular, atuando também como adaptógeno. Ou seja, dando condições ao organismo de responder à situação estressora e, além disso, as plantinhas não caracterizam doping de acordo com a WADA.

Atualmente, estão disponíveis na literatura diversos estudos clínicos demonstrando as aplicações de vários produtos à base de plantas, especialmente, com a finalidade de promover a melhora do desempenho na prática de exercícios físicos como importantes anti-inflamatórios, antioxidantes e auxiliares na recuperação pós-exercício. Combatendo a dor, melhora do sistema imune e como coadjuvante no tratamento de lesões musculares. 

Apesar de tantas drogas sintéticas para aumento de massa muscular e melhora da capacidade física disponíveis no mercado, talvez o estímulo que você precisa para potencializar os resultados dos seus treinos esteja na natureza! 

A seguir, elegi algumas plantas com seus respectivos constituintes químicos, que lhe conferem a ação em destaque, que podem servir como opção ou mesmo como um guia para o seu profissional de saúde.

Lembrando que a automedicação deve ser evitada, já que o fitoterápico é medicamento e como tal, possui contraindicações e efeitos adversos. A prescrição de fitoterápicos é atribuída exclusivamente ao nutricionista portador de título de especialista da ASBRAN, a farmacêuticos e médicos!

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Fitoterápicos que aumentam a força e a hipertrofia

Extrato de laranja doce (Citrus sinensis) padronizado em altas concentrações de hesperidina (≥ 90,0%) – um flavonoide possui propriedades antioxidante, anti-inflamatória e citoprotetora.

Extrato das sementes de Trigonella foenum-graecum também conhecida como feno-grego, uma planta nativa de regiões da Europa Oriental e da Ásia. Os fenosídeos encontrados nessa planta e possuem diversas propriedades terapêuticas, incluindo o aumento dos níveis endógenos de testosterona.

Eurycoma longifolia também conhecida como Tongkat Ali ou Long Jack, é um arbusto originário da região sudoeste da Ásia com altas concentrações de euricomasídeos, euricolactonas, alcaloides, quassinoides e euricomanonas, que promovem benefícios sobre os sistemas imunológico, muscular e reprodutor. Tem sido demonstrado que, tais metabólitos, promovem o aumento dos níveis de testoterona. 

Turkesterone (Ajuga turkestanica) é uma erva perene originária da Ásia Central, rica em compostos triterpênicos pertencentes à classe dos fitoecdisteroides, os quais têm sido investigados como análogos da testosterona endógena. A suplementação com este composto apresenta efeitos ergogênicos e pode favorecer o aumento da síntese proteica nos músculos. 

Cyanotis sp. É uma planta nativa da China da qual as raízes apresentam uma alta concentração dos fitoecdisteroides, dentre os quais destaca-se a beta ecdisterona que tem sido associado à uma atividade anabólica acentuada, que leva ao aumento da massa muscular. 

Fitoterápicos que melhoram a resistência física

Ashwagandha (Withania somnifera) também conhecida como cereja do inverno ou ginseng indiano, sendo considerada uma das plantas medicinais mais importantes da Medicina Ayurvédica. A alta concentração de witanolídeos apresentada nessa planta tem sido associada à sua capacidade de promover a resistência e tolerância ao exercício físico – efeito acompanhado da redução de ocorrência de lesões induzidas pela prática esportiva.

Beterraba (Beet Root; Beta vulgaris) é uma planta originária de regiões de climas temperados da Europa e do norte da África utilizada como alimento e apresenta potencial terapêutico associado à presença de aminoácidos, vitaminas (A, B1, B2 e C) e minerais, além de betaína e nitratos – compostos que exercem potente ação antioxidante, hipotensiva e vasodilatadora. Seus benefícios sobre o sistema vascular e muscular contribuem para aumento da resistência e melhora do desempenho físico.

Rhodiola rósea é conhecida popularmente como raiz de ouro ou raiz ártica. Trata-se de uma planta perene, cultivada principalmente na Europa, na Ásia e na América do Norte. As raízes e os rizomas da Rhodiola rosea são ricas em compostos bioativos, como taninos, fenóis, alcaloides, flavonoides e quinonas, dentre os quais se destaca o salidrosídeo que é um potente efeito antioxidante, anti-inflamatório e a resistência ao treino aeróbico.

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Fitoterápicos que contribuem para a recuperação muscular

Extratos de Panax notoginseng e Rosa roxburghii, são nativas do leste asiático e cultivadas principalmente na região sul da China. Apresentam diversos compostos bioativos com potencial terapêutico, tais como saponinas, polissacarídeos, ácido ascórbico, ácidos fenólicos, flavonoides e a enzima superóxido dismutase. Esta associação de plantas atenua o processo inflamatório no tecido muscular, uma vez que reduz a liberação de mediadores pró-inflamatórios após a prática de exercício físico de resistência.

Tribulus terrestris talvez seja o mais popular entre os fitoterápicos para desempenho físico. É uma erva rasteira nativa do Sul da África, Austrália, Índia e Europa, da qual os frutos e raízes apresentam altas concentrações de saponinas esteroidais, incluindo espirostano, furostanol e protodioscina que promovem redução da síntese de ácido láctico, reduzindo o dano muscular pós-treino.

Tart Cherry Extrato (Prunus cerasus) é conhecida popularmente como cereja azeda ou Ginja. Uma espécie botânica nativa da Europa e do sudoeste asiático, cujo fruto é utilizado tanto na culinária quanto para fins medicinais. Por conter compostos bioativos, incluindo as antocianinas e o ácido clorogênico, apresenta atividades antioxidante e anti-inflamatória que contribuem para a redução do dano no tecido muscular, além de atuar na recuperação das fibras musculares após a prática de exercícios físicos de resistência. 

Bom treino!


Fonte: Benefícios do uso fitoterápicos sobre a melhora do desempenho físico. Adaptado de www.shutterstock.com, 2022

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