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Resultado de estudo sobre café contradiz crença popular e aponta mudança na massa cinzenta do cérebro

Estudo apontou que ingerir café diariamente altera estrutura do cérebro e não interfere no sono como muitos acreditam

Estudo realizado na suíça mostrou que o café pode não influenciar no sono – Pixabay

Um estudo conduzido por cientistas da Universidade de Basileia, na Suíça, e publicado na revista científica Cerebral Cortex mostrou que a ingestão diária de café pode promover mudanças significativas na estrutura cerebral e não tem efeitos tão notórios no sono, como muitos acreditam. 

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Segundo os pesquisadores, ingerir uma xícara de café por dia pode diminuir a massa cinzenta do cérebro por um período de tempo, no entanto, a mesma quantidade não tem efeitos tão significativos na qualidade do sono. A crença popular prega que ingerir uma xícara de café é o suficiente para atrapalhar o sono. 

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Massa cinzenta são partes do sistema nervoso central que estão envolvidas em áreas como a memória, a fala e o controle dos músculos. Embora pensemos que ele seja branco ou cinza, esta parte do cérebro tem tom rosado em um indivíduo saudável. 

Um dos autores do estudo, a Dra. Carolin Reichert, do Centro de Cronologia de Basileia, disse em comunicado que os resultados da pesquisa não significam necessariamente que “o consumo de cafeína tenha um impacto negativo no cérebro”. 

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Como foi realizado o estudo

Para chegar nos resultados obtidos, os pesquisadores  recrutaram 20 voluntários habituados a beber café todos os dias. 

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Durante 10 dias, estes voluntários não ingeriram nenhum alimento ou bebida cafeinada e foram instruídos a tomar três cápsulas de cafeína de 150 miligramas. 

O mesmo esquema foi repetido novamente por mais dez dias, no entanto, os voluntários receberam placebo no lugar da cafeína. 

A pesquisa acompanhou a atividade cerebral dos voluntários durante os 20 dias de estudo enquanto e ao final das duas etapas, eles avaliaram imagens de ressonância magnética funcional (fMRI). 

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Após o uso regular de cafeína, a pesquisa identificou que os volumes de massa cinzenta diminuíram,  mas aumentaram após dez dias de abstinência.