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Prevista em lei, brinquedoteca hospitalar pode transformar acolhimento de crianças em tratamento

Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica defende a necessidade de brinquedotecas nos hospitais com atendimento pediátrico

Prevista em lei, brinquedoteca hospitalar pode transformar acolhimento de crianças em tratamento – Freepik / rawpixel.com – Foto de Ksenia Chernaya no Pexels

Popularmente conhecida por “Lei da Brinquedoteca Hospitalar”, a lei n.º 11.104 prevê a instalação de brinquedotecas nas unidades de saúde que ofereçam atendimento pediátrico em regime de internação. Dezesseis anos após a legislação ser implementada, a Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE) continua reforçando a importância desta iniciativa, uma vez que nem todos os hospitais cumprem a norma.

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Quando há menção à palavra hospital, logo se pensa em doença, dor, remédios, tratamentos e pacientes adultos, que em geral são acolhidos por serviços assistenciais e psicológicos. Mas e no caso das crianças? É difícil imaginá-las hospitalizadas em uma fase tão importante para o seu desenvolvimento. Felizmente, a proposta da brinquedoteca vem para ajudar a suprir essa e outras necessidades intrínsecas ao público infantil.

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“Pensando que a maioria dos tratamentos oncológicos são longos, temos que levar em conta que a vida das crianças não para, elas continuam crescendo. Então esse ambiente lúdico, da brincadeira, é muito necessário para que elas tenham a oportunidade de permanecer se desenvolvendo em termos neuropsicocognitivos”, afirma Dra. Flávia Martins, oncologista e membro da diretoria da SOBOPE.

Na brinquedoteca, as crianças podem contar com um espaço humanizado, onde se reencontram com brinquedos e brincadeiras que transformam o ambiente, deixando-o mais prazeroso e proporcionando não apenas uma forma de entretenimento, mas também de aprendizagem.

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“Além disso, outro ponto importante é tornar o recinto hospitalar menos agressivo. Os desenhos, pinturas e brinquedos ajudam nesse quesito. Já que elas vão ficar boa parte desse tempo internadas, com procedimentos invasivos e até dolorosos, quanto menos pesado for o ambiente, melhor para os pequenos”, completa Dra. Flávia.

Para ela, o hospital é um local que pode amedrontar e traumatizar as crianças em razão das experiências nem sempre positivas. “No entanto, a brinquedoteca pode ajudar a amenizar isso e permitir aos pacientes uma fuga da realidade. Afinal, mesmo hospitalizadas, continuam sendo crianças e necessitam de um espaço que acolha a sua etapa de vida”, finaliza.

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