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Prática de exercícios físicos ajuda a proteger contra envelhecimento; especialista explica

Enzimas produzidas no exercício físico que são a chave de como o treino protege contra consequências do envelhecimento, incluindo diabetes e perda de massa muscular

Prática de exercícios físicos ajuda a proteger contra envelhecimento; especialista explica – Freepik / @aleksandarlittlewolf

 Você provavelmente já ouviu falar que pessoas que praticam atividade física envelhecem de forma mais saudável – e um estudo australiano recente, publicado em dezembro na Science Advances, descobriu a chave que explica porque o exercício melhora a nossa saúde e protege contra consequências do envelhecimento na saúde metabólica, incluindo o diabetes tipo 2.

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“Os cientistas descobriram enzimas que podem evitar doenças metabólicas e elas são produzidas com o exercício físico. A descoberta abre a possibilidade do desenvolvimento de medicamentos para promover a mesma atividade dessa enzima”, conta o geneticista Dr. Marcelo Sady.

Prática de exercícios físicos ajuda a proteger contra envelhecimento

O estudo é extremamente importante, segundo o geneticista, uma vez que a proporção de pessoas em todo o mundo com mais de 60 anos dobrará nas próximas três décadas. Os pesquisadores descobriram como a atividade física realmente aumenta a capacidade de resposta à insulina e, por sua vez, promove a saúde metabólica.

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“É importante ressaltar que as enzimas que eles descobriram que são essenciais para esse mecanismo têm o potencial de ser direcionadas por drogas para proteger contra as consequências do envelhecimento, como perda de massa muscular e diabetes”, explica o geneticista. “Ou seja, o exercício é capaz de gerar radicais livres no músculo e – ao mesmo tempo – induzir o organismo a responder melhor a esse estímulo, o que aumenta a resposta antioxidante”.

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A equipe de pesquisa mostrou como uma enzima chamada NOX-4 é essencial para as espécies reativas de oxigênio induzidas por exercícios e as respostas adaptativas que impulsionam a saúde metabólica.

“É importante ressaltar que os cientistas demonstraram que os níveis de NOX-4 no músculo esquelético estão diretamente relacionados ao declínio associado à idade na sensibilidade à insulina. Neste estudo, em modelos animais, mostrou-se que a abundância de NOX-4 no músculo esquelético diminui com o envelhecimento e que isso leva a uma redução na sensibilidade à insulina”, acrescenta o profissional.

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O desencadeamento da ativação dos mecanismos adaptativos orquestrados pelo NOX-4 com drogas pode melhorar os principais aspectos do envelhecimento, incluindo o desenvolvimento de resistência à insulina e diabetes tipo 2.

“Um desses compostos é encontrado naturalmente, por exemplo, em vegetais crucíferos, como brócolis ou couve-flor, embora a quantidade necessária para efeitos antienvelhecimento possa ser mais do que muitos estariam dispostos a consumir, daí a importância do desenvolvimento de medicamentos”, finaliza.

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