Você tem o costume de higienizar sua escova dental? Não é um hábito tão comum entre as pessoas, mas saiba que você pode colocar sua saúde em risco se ainda não cuida adequadamente dela. Afinal, cuidar dessa ferramenta e mantê-la preservada é tão importante quanto higienizar os próprios dentes.
“Ela deve ser limpa, guardada em local apropriado, trocada periodicamente, e jamais ser compartilhada com outras pessoas, mesmo que sejam integrantes da mesma família. Esses são assuntos pouco abordados e, por este motivo, de forma geral, as pessoas não têm conhecimento sobre a necessidade dos cuidados específicos com a escova e, quando os realizam, geralmente agem de forma incorreta”, afirma o cirurgião-dentista Dr. Hugo Lewgoy.
Existe uma maneira correta e higienizar e guardar sua escova dental?
O especialista afirma que a escova ideal é aquela que dificulta a contaminação e proliferação de microrganismos, ou seja, ela deve ser lisa, sem irregularidades e produzida com materiais não porosos. Também deve ser desenvolvida com uma tecnologia que elimine os espaços existentes entre os tufos das cerdas da cabeça. “Após o uso, todas as superfícies da escova devem ser lavadas, de preferência, com água corrente aquecida. O excesso de água deve ser retirado, com uma pequena batida sobre a palma da mão ou na borda da pia do banheiro.”
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O Dr. Hugo explica ser necessário aplicar um desinfetante por meio de um antisséptico oral. “Outra maneira um pouco mais sofisticada é borrifar este mesmo antisséptico acondicionado em um frasco spray sobre a cabeça da escova, especialmente na parte das cerdas. Coloca-se, então, o protetor de acrílico na cabeça, que também deve ter a sua parte interna embebida pela solução antisséptica”. Ele ainda observa que antes de utilizar a escova novamente, ela deve ser muito bem lavada e enxaguada para a remoção dos resíduos do desinfetante e dos microrganismos eliminados.
Onde guardar?
O local para armazenar a escova deve ser escolhido atentamente. O ideal é que ela seja guardada dentro do armário fechado do banheiro. Porém, o local deve ser ventilado e tomando-se o cuidado de deixá-la separada das demais.
“É fundamental reforçar que a escova deve ficar longe do vaso sanitário, pois as bactérias presentes no vaso podem contaminar as cerdas pelo ar. Por isso, também vale a dica de manter a tampa do vaso sempre fechada”, indica o dentista. O profissional ainda alerta que, mesmo que a escova esteja higienizada, em hipótese alguma ela deve ser compartilhada com outras pessoas, pois é muito fácil transferir germes, bactérias e doenças, como gripe, hepatite e outras doenças contagiosas.
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Higienizar e armazenar corretamente, ainda assim, não garante maior durabilidade à escova, somente a prevenção contra bactérias e outros microrganismos. Portanto, o Dr. Hugo garante que é fundamental substituí-la de dois a três meses. “Com o tempo, as cerdas ficam desgastadas. Quando isso acontece, elas se tornam menos eficazes na limpeza dos dentes e na desorganização da placa bacteriana”, finaliza.
Sobre o Dr. Hugo Roberto Lewgoy:
Especialista, Mestre e Doutor pela Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo; Professor Colaborador do Instituto de Pesquisas Nucleares (IPEN) e do Mestrado Profissional em Biomateriais em Odontologia da Universidade Anhanguera (UNIAN); Pós-graduado em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP); Instrutor da filosofia individually Training Oral Prophylaxis (iTOP); Pós-graduado em Implantodontia pela Miami University e University of Berna; Membro do International Team of Implantology (ITI); Consultor Científico da Curaden Swiss.