Não é novidade para ninguém que algumas músicas são capazes de acalmar a mente e até ajudar a dormir. No entanto, os efeitos de uma determinada melodia — por sinal muito conhecida — pode ser aliada no tratamento de uma condição de saúde.
Uma música de Mozart pode ter um efeito antiepiléptico no cérebro e pode ser um possível tratamento para prevenir convulsões, de acordo com um novo estudo.
Pesquisadores do Hospital St Anne e da CEITEC Masaryk University, na República Tcheca, descobriram que ouvir a “Sonata For Two Pianos K448” de Mozart reduziu as descargas epileptiformes – as ondas elétricas cerebrais associadas à epilepsia e que podem causar convulsões.
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Para chegar nesta constatação, os pesquisadores compararam os efeitos na atividade cerebral ao ouvir duas peças clássicas em pessoas com epilepsia.
“Para nossa surpresa, houve diferenças significativas entre os efeitos de ouvir o K448 de Mozart e o 94 de Haydn”, disse o professor Ivan Rektor.
A equipe descobriu que “Ouvir Mozart levou a uma diminuição de 32% nas descargas epileptiformes, mas ouvir o nº 94 de Haydn causou um aumento de 45%”.
“Acreditamos que as características físicas ‘acústicas’ da música de Mozart afetam as oscilações cerebrais – ou ondas cerebrais – que são responsáveis pela redução de descargas epileptiformes”, completou Rektor.