Publicidade

Estudo da Universidade de Singapura detecta quanto tempo o coronavírus sobrevive em alimentos congelados

A preocupação quanto ao tema surgiu logo após traços do Sars-Cov-2 terem sido encontrados nos frangos exportados do Brasil para a China

Estudo da Universidade de Singapura detecta quanto tempo o coronavírus sobrevive em alimentos congelados – PxHere

Após traços do novo coronavírus terem sido encontrados em um carregamento com pedaços de frango exportados do Brasil para a China no dia 13 de agosto, de acordo com as autoridades da cidade de Shenzen, a preocupação quanto a durabilidade do vírus em alimentos congelados aumentou.

Publicidade

Um estudo feito por pesquisadores da Universidade Nacional de Singapura e publicado no site Biorxiv mostra que o tempo de vida do Sars-Cov-2 em carnes congeladas é de até três semanas.

+ VEJA: Medicamento francês contra a COVID-19 começa a ser testado no Brasil; Pesquisa terá 800 participantes no país

A pesquisa ainda aponta que este pode ter sido o grande motivo para o aumento da curva da doença em países teoricamente controlados, como o Vietnã, Nova Zelândia e partes da China, local em que o vírus surgiu. Na Alemanha, por exemplo, foi comprovado que mais de 1.500 trabalhadores de frigoríficos testaram positivo para a Covid-19. O mesmo ocorreu em fábricas de conserva de atum em Portugal e Gana.

O estudo foi feito a partir da introdução do vírus em cubos de salmão, carne suína e frango. As amostras foram congeladas e, após 21 dias, os cientistas retiraram as carnes do congelador e analisaram para constatar se ainda haviam partículas do coronavírus ativas nos alimentos contaminados.

Publicidade

+ VEJA: Covid-19: veja quais são os únicos 10 países que não tiveram nenhum caso confirmado até hoje

Vale lembrar que a fase de conclusão da pesquisa, ou seja, a revisão por pares, ainda não foi concluída. Porém, o profissionais afirmam que a possível transmissão a partir do contato com as alimentos congelados e suas embalagens deve ser levada em consideração. Para o Biorxiv, um dos profissionais envolvidos na pesquisa declarou: “Embora não seja a principal rota de infecção, o potencial de movimentação de itens contaminados para uma região sem Covid-19 e iniciar um surto é uma hipótese importante”.

Publicidade