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Envelhecimento da pele: dormir poucas horas ou ter sono de baixa qualidade pode acelerar o processo

A falta de sono pode fazer com que a pele pareça cansada e desbotada e, se isso acontecer com frequência, ela pode sofrer com um processo acelerado de envelhecimento

Envelhecimento da pele: dormir poucas horas ou ter sono de baixa qualidade pode acelerar o processo – Freepik / @jcomp

Ter uma boa noite de sono, às vezes, parece uma realidade distante, mas uma sequência de noites mal dormidas pode ser cruel com a sua pele.

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A dermatologista Dra. Patrícia Mafra afirma que a privação de sono, a insônia e a má qualidade não afetam apenas os sistemas imunológico e cardiovascular, mas também podem prejudicar a pele.98 “Isso acontece porque dormir bem é essencial para produção de diversos hormônios que funcionam como uma defesa antioxidante natural contra os radicais livres, que causam envelhecimento cutâneo. Então, além das olheiras, dormir mal deixa a pele mais susceptível ao aparecimento precoce das linhas, rugas, manchas e flacidez; as inflamações da pele, como a acne, também podem se tornar mais constantes”, afirma. O inchaço facial também é uma alteração visível para quem dorme mal.

Envelhecimento acelerado da pele: o sono pode ter uma relação

Segundo a médica, o nosso corpo tem um relógio biológico, que funciona em um ciclo de vigília e sono. A todo momento, os mecanismos de reparo não cessam, mas durante o sono noturno, eles são mais eficientes, pois a frequência cardíaca, a secreção do cortisol e a adrenalina diminuem. 

A falta de sono, explica a dermatologista, diminui todo o metabolismo do ciclo circadiano, sono e vigília, o que compromete o tempo necessário para que ocorra o reparo e regeneração durante o período noturno quando o metabolismo está na sua atividade basal. “Isso afeta a produção natural de antioxidantes naturais, como melatonina, glutationa, superoxido dismutase e catalase. Todos eles fazem parte da defesa antirradical primária do nosso organismo”, explica.

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Dormir mal também descontrola o hormônio cortisol, o que faz com que os vasos sanguíneos inchem para acomodar um aumento do volume de sangue. Isso também acontece com os vasos sanguíneos sob os olhos. “O cortisol ativa a nossa resposta de ‘fuga ou luta’ para tornar o corpo mais alerta quando não dorme. Também pode elevar a produção natural de óleo, causando acne”, explica. “O sono induz a produção de colágeno, então, com o tempo, a falta de sono geralmente leva a olheiras, linhas finas e pele pálida”.

A dermatologista  explica que, como o sol, poluição e outros agentes agressores geram reações químicas incompletas na pele (radicais livres), é durante a noite, no sono, que ocorre a varredura desses radicais livres. “Mas isso, evidentemente, só vai acontecer se o corpo puder descansar”, afirma.

O cortisol também é conhecido como o hormônio do estresse e, quando seus marcadores estão altos, o envelhecimento se acelera. “O estresse e a ansiedade prejudicam as células da pele e seu processo de renovação, já que encurtam os telômeros – capas protetoras dos cromossomos que têm como função preservar o DNA. A consequência disso é a aceleração do envelhecimento, causando rugas e manchas na pele”, explica a Dra. Beatriz Lassance, cirurgiã plástica.         

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Dra. Ludmila Bonelli, cosmiatra e especialista em dermatocosmética, conta que uma importante estratégia é cuidar bem da pele antes de dormir, de preferência utilizando substâncias que vão potencializar a ação de reparo e regeneração celular.

“Antioxidantes como Vitamina C, Vitamina E, resveratrol, picnogenol, luteína e ômegas 3 e 6 podem ser usados sempre após limpeza e tonificação da pele”, sugere a dermatologista. Outro ponto importante com relação ao sono da beleza diz respeito à posição de dormir: “O fato de dormir com o rosto virado 100% para o travesseiro, ou sempre de um dos lados, vai formando rugas dinâmicas importantes, e que muitas vezes nos faz envelhecer mais assimetricamente com demarcações mais profundas dos sulcos, das linhas e das rugas.”

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Sobre as fontes:

DRA. PATRÍCIA MAFRA: Dermatologista, membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Graduada em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais (FCM-MG). 

DRA. BEATRIZ LASSANCE: Cirurgiã Plástica formada na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e residência em cirurgia plástica na Faculdade de Medicina do ABC. 

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*LUDMILA BONELLI: cosmiatra e especialista em dermatocosmética.