ESPERANÇA! Na Universidade de Manchester, no Reino Unido, uma pesquisa publicada no periódico científico Journal of the American Chemical Society e com trabalho inspirado na enfermeira aposentada Joy Milne pode representar uma grande esperança para os pacientes de Parkinson. Isso porque foi desenvolvido um teste que dá o diagnóstico da doença em apenas 3 minutos. As informações são da CNN.
Enfermeira ‘sente’ cheiro do Parkinson e ajuda a criar teste para doença
A enfermeira possui hiperosmia hereditária, uma condição caracterizada por um olfato muito apurado. Assim, ela consegue identificar pacientes da doença apenas pelo cheiro. Mas tem uma história por trás.
O falecido marido de Joy foi diagnosticado com Parkinson. Depois disso, o casal começou a frequentar associações de apoio a pacientes e a conviver com outras pessoas com a doença. Ela é caracterizada por ser um distúrbio do sistema nervoso central que afeta o movimento, muitas vezes incluindo tremores. Na maioria dos casos, o Parkinson começa com um tremor na mão. Outros sintomas são movimento lento, rigidez e perda de equilíbrio.
Após conviver com os pacientes, a enfermeira percebeu que todos apresentavam o mesmo cheiro incomum que ela sentia no marido havia 12 anos, muito antes dos primeiros sintomas dele se manifestarem. Depois disso, ela contou sua história para um pesquisador e começou alguns estudos em relação ao assunto. O odor era maior na região das costas dos pacientes, região lavada menos frequentemente.
Mas como, de fato, o teste funciona? Primeiramente, é necessário analisar a massa e a composição química das moléculas do sebo utilizando uma técnica chamada espectrometria de massa. Esse sebo é colocado em um filtro de papel e recebe uma gota de solvente e voltagem elétrica. De acordo com os cientistas, dos 4.000 compostos encontrados na solução, cerca de 500 são diferentes entre pessoas com e sem a doença de Parkinson.
“Este teste tem o potencial de melhorar de forma massiva o diagnóstico e o tratamento de pessoas com a doença de Parkinson”, explicou, em um comunicado, o coordenador clínico do estudo, Monty Silverdale. “Estamos tremendamente animados com esses resultados, que nos deixam mais perto de criar um teste de Parkinson que pode ser usado na prática clínica”, completou a professora líder da pesquisa Perdita Barran.