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Dia Mundial do Veganismo: nutróloga Paula Cavallaro esclarece 3 mitos sobre a dieta

Apesar da crescente no número de adeptos, o estilo de vida de quem não consome carne e derivados ainda é cercado de inverdades e dúvidas

Dia Mundial do Veganismo: nutróloga Paula Cavallaro esclarece 3 mitos sobre a dieta – Pixabay / @silviarita

Seja apreço pelos animais, ética ou mesmo a ideia de sustentabilidade do planeta, cresce a cada dia o número de pessoas que optam por não consumirem proteína animal e produtos derivados: os veganos. Segundo o último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 14% dos brasileiros não comem carne. Apesar das estatísticas, a dieta vegana ainda é cercada de mitos e costuma gerar dúvidas em quem quer adotar o estilo de vida. 

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A médica nutróloga Paula Cavallaro é especialista em vegetarianismo e veganismo e explica que a diferença entre esses dois estilos de vida é que, enquanto o veganismo não consome nada que infrinja sofrimento aos animais, se estendendo não apenas a alimentos mas também a roupas, produtos de higiene e afins, o vegetariano é restrito ao não consumo de alimento animal. 

De acordo com a especialista, a falta de informação ainda é o principal fator que contribui para a estigmatização da dieta/estilo de vida vegano. Dentre os principais argumentos inválidos que circulam sobre o assunto, o de que ele causa deficiência nutricional é o mais conhecido. “Nessa transição de dieta, existe muito julgamento, uma opinião errada, vira aquele misto de falta de informações adequadas. Mas a verdade é que apenas a troca de carboidratos simples como processados, hambúrgueres, enlatados, salsichas e calabresa, por alimentos totalmente naturais, vão ter um aporte nutricional, um benefício maior do que a ingestão desses carboidratos simples”, garante.

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Veganismo causa deficiência nutricional: mito
Com informação e acompanhamento, a dieta vegana não representa risco de perdas nutricionais: a vida está no simples, lembra a nutróloga. “Basta olhar para trás. O que os nossos ancestrais comiam? Tubérculos, raízes, produtos da terra, alimentos integrais e oleaginosas. Há um leque de alimentos ricos em proteínas que são de origem vegetal, como é o caso da quinoa, lentilha e ervilha”, diz. 

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A nutróloga destaca ainda que em caso de deficiências nutricionais, seja em veganos ou não veganos, o tratamento é o mesmo e não se dá pela alimentação. “Todas as deficiências nutricionais, de ferro, vitaminas do complexo b, qualquer que seja, são tratadas por meio de suplemento. Então, é um dado muito simples de ser avaliado pelo laboratório, pelo exame de sangue e o tratamento é o mesmo para veganos e não veganos”, garante. 

Veganismo é caro: mito 
Ao contrário da crença popular em torno do veganismo, a verdade é que a dieta é tão barata quanto fácil de ser agregada ao cotidiano por meio de receitas simples e substituições. “Trata-se apenas de ter um cuidado para o carbo simples que você está colocando no organismo, para gordura, para o óleo de cozinha que você está colocando. Apenas ao relacionar os produtos industrializados, ultraprocessados e os alimentos de origem vegetal, já se observa uma diferença de preço significativa, ainda mais na atualidade onde a carne está ainda mais inacessível”, relembra. 

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Veganismo não pode ser adotado desde a infância: mito
A alimentação e gostos são uma média do que o indivíduo cresceu experimentando, por isso a nutróloga Paula Cavallaro afirma que a dieta não só pode ser introduzida ainda na infância, como esse hábito ensinado pelos pais propicia um desenvolvimento da imunidade e pode contribuir para um metabolismo melhor. “Quando nós nascemos não sabíamos o gosto de um brigadeiro, do açúcar, nossas papilas gustativas são sensoriais. Somos adaptações do que nos foi imposto. Se você é criado dentro de uma dieta vegetariana/vegana, com essa consciência é benéfica tanto para a saúde do corpo como do mundo”, aponta.