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Cardiologista fala sobre riscos do coronavírus – Pixabay

Para muitas pessoas, a infecção pelo novo coronavírus pode não passar de um resfriado comum. Entretanto, alguns indivíduos, inclusos no grupo de risco, podem apresentar uma evolução pior, com insuficiência respiratória grave, necessidade de internação em UTI e até a um quadro mais grave.

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Dentre os que precisam redobrar os cuidados, estão: idosos acima de 65 anos — e principalmente os acima de 85 anos, pacientes com diabetes mellitus, hipertensos, pacientes com insuficiência renal ou respiratória crônica, imunodeprimidos, pacientes com câncer e pacientes com doenças cardíacas graves.

Preocupados com os pacientes, o cardiologista e membro da diretoria da SOBRAC – Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas, Cristiano Faria Pisani, esclareceu algumas dúvidas sobre o risco que a COVID-19 pode oferecer às pessoas diagnosticadas com arritmias cardíacas.

Confira algumas considerações do especialista:

CUIDADOS REDOBRADOS

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A hipertensão arterial sistêmica é a doença cardíaca mais associada a um risco de evolução desfavorável, isso ocorre pelos efeitos no coração e rins causados pela hipertensão e também pode estar associado ao uso de algumas medicações para tratar a hipertensão, porém, por enquanto, não existe recomendação que essas medicações devam interrompidas.

Pacientes com arritmias cardíacas ou portadores de marcapasso que apresentem hipertensão ou doenças cardíacas estruturais podem apresentar risco aumentado de necessidade de UTI pela infecção pelo novo Coronavírus.

Já os pacientes que apresentem doenças exclusivamente elétricas do coração, como os pacientes com Síndrome de Wolf-Parkinson-White, taquicardias paroxísticas supra-ventriculares, extrassístoles ventriculares, portadores de marcapasso ou fibrilação atrial sem cardiopatia não apresentam risco maior para infecção de maior risco pelo coronavírus. Da mesma forma, pacientes que foram submetidos a ablação também não apresentam.

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CONSULTE SEU CARDIOLOGISTA

Sempre que tiver dúvidas do tipo de arritmia cardíaca ou das condições associadas, consulte o seu cardiologista ou arritmologista. Ele conseguirá determinar qual desses tipos de arritmia o indivíduo é portador. Já as pessoas que apresentam palpitações, sensação de irregularidades do ritmo cardíaco, desmaios ou cansaço aos esforços, deve procurar um médico para realizar a investigação completa para definir a sua real condição cardíaca e avaliar se tem um risco aumentado, ou não.

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