Avanço! Um estudo do Instituto de Pesquisa do Câncer, em Londres, revelou um mecanismo que pode representar uma esperança para pacientes com câncer de pâncreas: os cientistas identificaram que o aumento da proteína GREM1 nas células tumorais do câncer de pâncreas pode impedir que elas cresçam e causem metástase. O estudo foi publicado na revista Nature.
Cientistas identificam proteína que freia metástase de câncer de pâncreas
Os estudiosos analisaram as situações e descobriram que, quando o GREM1 é desligado, as células tumorais mudam de uma maneira muito fácil e rápida: elas possuem a capacidade de invadir novos tecidos e migrar pelo corpo – ou seja, a metástase. Segundo o estudo, em apenas dez dias, todas elas mudaram e tornaram-se mais perigosas e invasivas. O desligamento também tornou os tumores mais propensos a se espalhar.
Quando essa proteína está funcionando normalmente, apenas 15% dos casos analisados na pesquisa chegaram a essa situação de se espalhar em outros órgãos do corpo.
Em um comunicado, Axel Behrens, principal autor do estudo e líder da equipe de células-tronco do câncer no Instituto, explicou: “Esta é uma descoberta importante e fundamental que abre um novo caminho para descobrir tratamentos para o câncer de pâncreas. Mostramos que é possível reverter o destino das células no câncer de pâncreas no laboratório – voltando o relógio em tumores agressivos e mudando-os para um estado que os torna mais fáceis de tratar”.
Ainda que esse estudo e outros relacionados aos tipos de câncer ainda estejam em estágios iniciais, os pesquisadores afirmaram que essas conclusões e de outras pesquisas são capazes de encontrar alternativas de reverter o câncer de pâncreas em estágios mais avançados para um nível menos agressivo que seja mais possível de ser tratado.
“Esta nova descoberta ampliou nossa compreensão da base molecular de como o câncer de pâncreas ganha a capacidade de crescer e se espalhar pelo corpo. Embora seja necessário mais trabalho, esse tipo de pesquisa fundamental é essencial para desenvolver conceitos para tratamentos novos e mais eficazes contra o câncer”, concluiu o diretor-executivo do Instituto de Pesquisa do Câncer, Kristian Helin, em um comunicado.