Ícone do site

Aumento de suicídios entre adolescentes: chance de jovens de 10 a 19 anos foi 21% maior

Published 22/09/2024
suicídios-entre-jovens

O estudo mostra que, durante o intervalo de 22 anos, o suicídios entre jovens de 10 a 29 anos representou uma média de 4,02% das mortes - Canva Equipes/supapornjarpimai

Um estudo recente, realizado pela Fiocruz e divulgado com exclusividade pelo G1, apresentou dados sobre o aumento de suicídios entre adolescentes no Brasil. O levantamento analisou o período de 2000 a 2022 e revelou que os suicídios entre jovens de 10 e 19 anos têm se tornado uma causa de morte cada vez mais frequente.

Conclusões

De acordo com o estudo, as taxas de suicídio estão maiores entre adolescentes, e o cenário era totalmente diferente há alguns anos, pois os jovens adultos eram as maiores vítimas. A partir de 2019, a porcentagem se igualou e, depois, ultrapassou.

O estudo mostrou também que, em 2022, a chance de suicídios entre jovens de 10 a 19 anos foi 21% maior em comparação com os jovens adultos. O momento que foi responsável por modificar a tendência foi durante a pandemia de Covid-19, destacando um contexto agravado pela crise sanitária, econômica e social.

Durante o intervalo de 22 anos analisados, o suicídio representou uma média de 4,02% das mortes de jovens entre 10 e 29 anos. No caso de adolescentes, esse índice foi de 3,63%, enquanto para jovens adultos, foi de 4,21%. Entre adultos com 30 anos ou mais, a taxa foi significativamente menor, perfazendo 0,68% das mortes.

Causas do crescimento

Um dos autores do estudo, Raphael Guimarães, explicou que o aumento das taxas de suicídio entre adolescentes se deu devido à diversas questões contemporâneas. Ele apontou para a falta de perspectivas de futuro como uma das principais causas. Confira:

  • Questões econômicas e sociais
  • Incertezas sobre o futuro a longo prazo
  • Desemprego e fluidez do mercado de trabalho
  • Formação profissional

Todas essas questões pesam significativamente na mente de um adolescente e devem ser tratadas como eventos sociais, não biológicos, segundo Guimarães.

Sair da versão mobile