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”Às vezes falta se comunicar”, diz psicóloga sobre crises de ansiedade e síndrome do pânico

Segundo a psicóloga Maria Rafart, quando não externamos os sentimentos, o corpo dá um jeito de expor nossas emoções

A psicóloga Maria Rafart explica que que quando o descontentamento, a tensão, a emoção e a resposta não têm por onde sair, o corpo dará um jeito de externar esses sentimentos – Unsplash/ Marcos Paulo

A maneira como processamos mentalmente os acontecimentos de nossas vidas e a gestão de nossas emoções, muitas vezes funcionam como uma panela de pressão.

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A psicóloga Maria Rafart explica que quando o descontentamento, a tensão, a emoção e a resposta não têm por onde sair, o corpo dará um jeito de externar esses sentimentos. E é a partir daí que surgem os ataques de pânico e de ansiedade. 

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“Imagine uma panela de pressão cozinhando feijão, com a válvula principal entupida. Imagine que a válvula auxiliar ficou obstruída também. O cozinheiro não percebeu, o fogo continua aceso, a pressão interna aumenta cada vez mais e… Explode. Um ataque de pânico deve ser interpretado além dos sinais. A sensação é de morte iminente, a taquicardia chega até o pescoço, pode doer o peito e a tontura podem assustar. Mas o principal sinal é: você está sob pressão, sua válvula comportamental está estragada, e o seu corpo te dá um gigantesco alerta”, diz a especialista. 

Rafart cita que o ponto chave do tratamento é identificar as razões que fizeram o corpo entrar em colapso: “Para além da medicação contra a ansiedade, que muitas vezes é necessária, um processo terapêutico desenvolvido junto a um psicólogo pode ajudar a detectar onde estavam os entraves que fizeram o sistema todo colapsar em ataques de ansiedade ou de pânico”. 

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Às vezes falta se comunicar. Muitas vezes falta responder. Algumas perdas e lutos devem ser ressignificados. Muita coisa pode surgir no processo terapêutico, e digerir os entraves psicológicos é um processo doloroso, às vezes”, afirma. 

Ataques de pânico ou de ansiedade, se não corretamente tratados, podem se tornar cada vez mais frequentes e atrapalhar o cotidiano do ansioso, além de possibilitar o desenvolvimento de outras fobias. “Podem também se multiplicar em outras fobias, como  agorafobia, que muitas vezes se traduz num medo injustificado de sair de casa, de abandonar o ambiente de conforto e proteção, ou até medo de entrar em ambientes fechados, como um elevador”, destacou a profissional. 

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