A pandemia nos envelheceu? Especialista esclarece as dúvidas sobre a ‘pele pandêmica’

O dermatologista Werick França desvendou a ‘pele pandêmica’ e ainda falou sobre o grande problema da queda de cabelo durante a pandemia

A pandemia nos envelheceu? Especialista esclarece as dúvidas sobre a ‘pele pandêmica’ – Pexels

Uma coisa é certa: a pandemia de covid-19 colocou boa parte do mundo em casa, literalmente. E, por conta dessa nova experiência de operar a vida remotamente, muitas pessoas passaram a se observar mais, enxergar questões físicas e emocionais que a correria da vida antes do isolamento social as impossibilitava.

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Mas será que envelhecemos mais nesta pandemia? O que nos fez refletir sobre os bons e maus hábitos com a nossa pele?

Para o dermatologista Werick França, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, as pessoas passaram a se observar mais nesta pandemia, não somente em suas questões emocionais, mas também nos cuidados com o corpo, incluindo a pele. “Chamadas de vídeos viraram frequentes e acabaram expondo problemas de pele que antes não tinham sua devida importância, em razão da correria entre idas e vindas ao trabalho, por exemplo. Recebi em meu consultório muitos pacientes com queixas de pele observadas justamente durante o isolamento social”, afirma.

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Quais as causas da ‘pele pandêmica’?

Segundo o especialista, há questões de comportamento da sociedade que acabaram potencializando negativamente a saúde da pele. “O aumento do tabagismo, consumo de álcool descontrolado, alimentação inadequada, sedentarismo e longos períodos de stress e insônia ocasionaram alguns males que refletem imediatamente na aparência dos tecidos do nosso corpo, em especial do rosto.”, explica.

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Mas para tudo há uma solução! A recomendação do dermatologista é aproveitar esse momento em que estamos avançando com a vacinação em massa, o que nos permite voltar a ter uma rotina fora de casa com segurança. “É preciso retomar as atividades físicas quanto antes, voltar a se alimentar adequadamente e com uma rotina de intervalos regulares, moderar ou cessar tudo aquilo que não foi possível durante o período te intenso stress, como o consumo de álcool e cigarro, já que esses hábitos fazem mal não somente à pele, mas para a saúde como um todo”, analisa França.

Queda de cabelo no pós-covid: é fato ou fake?

Dr. Werick afirma ter recebido relatos de pacientes que notaram uma queda excessiva dos cabelos após a infecção pelo novo coronavírus. “O eflúvio telógeno, caracterizado pelo aumento diário da perda de cabelos, ocorre em razão de algum pico de stress, como perdas de parentes próximos, traumas emocionais pós-acidente, desnutrição e até mesmo o pós-covid. É importante ressaltar, porém, que o cabelo possui diferentes fases ao longo da vida. Chamamos de anágea a fase de crescimento do fio de cabelo; catágena para a fase de transição e, por fim, a telógena que é a fase final do fio. O paciente que apresenta uma queda excessiva, por exemplo, após a infecção pela covid-19, certamente passa da fase anágea imediatamente para a telógena, pulando assim a fase de transição, ocasionando em uma queda precoce do fio”, explica o especialista.

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Diante de todas essas questões apresentadas, a recomendação do especialista é de manter a rotina de consultas com um especialista em dermatologia para que este profissional possa recomendar o melhor e mais adequado tratamento para o paciente, devolvendo desta forma a saúde da pele não somente do rosto, mas de todo o corpo neste período pós-pandemia.
Fica a dica!

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