Quem tem alergia a esmalte pode fazer esmaltação em gel? Mito ou verdade?

Dermatologista explica quais são os cuidados que pessoas alérgicas ao produto devem tomar e os riscos da esmaltação; confira

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Esmaltação em gel pode ser solução para quem tem alergia a esmalte? Descubra – Canva Equipes/nomadsoulphotos

Você já ouviu falar que quem tem alergia a esmalte pode fazer a esmaltação em gel? Será que isso é verdade? Para tirar as devidas conclusões, chamamos a dermatologista Dra. Viviane Scarpa. Confira:

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Tipos de esmaltação

Primeiramente, a alergia acontece devido às substâncias. Então quem tem reação a certos tipos de esmaltes pode não ter a outros. Porém, isso não é regra, pois existem pessoas que são alérgicas aos dois tipos. Mas, afinal, qual a diferença entre a esmaltação em gel e a esmaltação comum? A especialista explica.

“Na esmaltação em gel, a superfície da unha é lixada e é feito um prolongamento das unhas. O esmalte em gel precisa de uma câmara de luz para secagem e a esmaltação comum, não. Tanto a pintura como a retirada devem ser realizadas por profissionais habilitados e com produtos adequados”, afirma.

Cuidados

Scarpa aponta que unhas de acrigel não podem ser usadas por pessoas alérgicas aos componentes usados, com psoríase ungueal, infecções nas unhas ou micoses. Ademais, a profissional também não as indica para gestantes, diabéticos, em tratamento de câncer e menores de 16 anos. Alguns cuidados são necessários:

“Fazer a manutenção a cada 15 dias e, neste momento, avaliar o aspecto das unhas. Não lixar as unhas de acrigel em casa. Na retirada do esmalte, não use acetona, só use os removedores específicos. Proteja suas unhas nos serviços domésticos com luvas. Evite unhas grandes para não fazer o efeito de alavanca e descolar as unhas. Após a remoção do esmalte, hidrate a unha vários vezes ao dia por vários dias”.

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Riscos

A dermatologista alerta que precisa moderar o uso. “A utilização sem pausas de esmaltes em gel aumenta o risco de infecções por fungos e bactérias e também de reações alérgicas e dermatite de contato”, atesta. “E, caso descubra que tenha alergia a qualquer tipo do produto, o melhor a fazer é retirar o esmalte, hidratar as unhas, tomar um antialérgico que tenha costume e procurar um médico dermatologista”, aconselha.

Formas de evitar

Com exceção das dicas que Scarpa compartilhou, não há muito o que fazer para evitar a alergia a esmalte. “Ela se desenvolve em pessoas geneticamente predispostas ou em quem tem contato frequente e prolongado com as substâncias alergênicas contidas nos esmaltes, sendo que o formaldeido e o tolueno são os mais comuns. Apesar de tudo, o que se pode fazer é utilizar esmaltes hipoalergênicos, fazer pausas entre as esmaltações e hidratar as unhas”, conclui.

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