Descubra por que os famosos estão retirando a harmonização facial
Gkay e Eliezer chamaram atenção para a reversão do procedimento estético feito com ácido hialurônico; seria essa uma nova tendência? Entenda o cenário
Gkay e Eliezer chamaram atenção para a reversão do procedimento estético feito com ácido hialurônico; seria essa uma nova tendência? Entenda o cenário
Diversas pessoas do mundo dos famosos estão retirando seus procedimentos estéticos e desfazendo a harmonização facial. Nomes, como Gkay e Eliezer, trouxeram o assunto à tona e falaram sobre sua decisão. Mas por que será que isso está acontecendo? Seria a beleza natural a nova tendência do momento? Para ficarmos por dentro do assunto, conversamos com o cirurgião plastico da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Dr. Wendell Uguetto. Confira:
Segundo o especialista, até o momento em que a harmonização tornou-se febre, os preenchimentos faciais eram realizados com parcimônia. “Quando o conselho dos odontologistas permitiu que eles passassem a realizar os procedimentos – e, assim, surgiram bons resultados – a demanda aumentou. Tanto os profissionais, quanto os clientes se interessaram pelo assunto”, relembra o cenário.
Com isso, um outro impasse surgiu, a insatisfação com o efeito. “O cérebro não identifica a mudança e a pessoa tem uma dismorfia facial. Isso acontece com o corpo e com o rosto. O paciente se olha no espelho e não vê o resultado, ou ele esquece como era antes e está sempre querendo melhorar. Desta forma, o paciente volta e pede mais, entrando em um ciclo”, ressalta.
E o problema complica ainda mais com a decisão desses pacientes. “Muitas vezes, ele não retorna no mesmo profissional, mas procura outros especialistas. Então, com a presença de muitas pessoas no mercado – não só de dentista ou médico, mas biomédico e farmacêutico também – e de um aumento dos clientes, começou a ter um exagero. As faces ficaram artificiais, porque estava tendo um excesso do uso de ácido hialurônico. Vimos diversos artistas, que eram bonitos, voltarem à sua naturalidade depois que retiraram o material”, comenta.
Apesar de estudos mostrarem que o ácido hialurônico não é totalmente absorvido pelo organismo, Uguetto explica que ele vai diminuindo de volume. Outro ponto positivo é que ele pode ser diluído e retirado.
“É um procedimento simples e tranquilo. Você pode retirar de uma maneira cirúrgica, ou usar uma enzima que se chama hialuronidase, responsável por derreter o ácido hialurônico. Por exemplo, às vezes, o lábio está muito grande, tanto que pode sentir nódulos por dentro. Então, com uma agulha fina, faz um furinho e espreme o conteúdo para retirá-lo. Já, no nariz, faz uma pequena incisão e aspira o material. A única exceção acontece nas áreas mais profundas, em que uma cirurgia se faz necessária”, diz, explicando o procedimento para retirá-lo.
O cirurgião plástico afirma que é a retirada é adequada quando a pessoa se sentir incomodada. “O ideal é que o conselho da profissão autorize o especialista a realizar esse tipo de procedimento. Eu aconselho sempre procurar um médico, cirurgião plástico ou dermatologista com título de especialização, uma boa formação e residência médica. Porque, além de conhecer a anatomia, saberá tratar possíveis complicações, uma infecção, por exemplo”, detalha.
Caso alguém retirar o ácido hialurônico, mas, no futuro, desejar fazer novas aplicações, é possível. “O que eu acho é que as pessoas devem retirar quando elas estão com o rosto deformado. A partir do momento que você tem uma naturalidade, vale a pena, sim, fazer uma manutenção com duas, três ampolas a cada seis meses. Só para o cuidado com o resultado, para repor aquele volume e hidratação que a pele vai perdendo com o envelhecimento”, conclui.
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