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Todos os povos dizem feliz ano novo

Published 28/12/2016

Conheça as diferentes tradições culturais para assegurar amor, saúde e fortuna - iStock

Rastros de fogos coloridos riscam o céu, levando velhos
sonhos embora e trazendo novas promessas. 
Do Oriente ao Ocidente, em datas diferentes ou iguais, portugueses,
italianos, espanhóis, gregos, judeus, árabes e alemães se reúnem em família
para dar boas-vindas aos novos tempos. Conheça as diferentes tradições
culturais para assegurar amor, saúde e fortuna e integre à sua mesa os costumes
que propiciam prosperidade e alegria para os próximos 365 dias.

Países mediterrâneos:
amor e boa fortuna!

Grécia: nesta
época, os gregos costumam colocar moedas dentro de um bolo doce, chamado
vasilopita, feito com farinha, açúcar, leite e ovos vermelhos. “Dentro do bolo
colocamos uma moeda de ouro. Quem a encontra terá muita sorte e pode até
arriscar na loteria”, brinca Thlassyvoulus Ptlakis, do restaurante acrópole, em
São Paulo.

Portugal: a
advogada Marília Santiago, de São Paulo, nascida na Ilha dos Açores, segue à
risca a receita da mãe. “Gosto de fazer sopa de lentilha, que traz fortuna,
sirvo licor para os convidados, para reafirmar a amizade, e termino com o bolo
da noite, que dá sorte”, explica.

Países do norte da
Europa: alegria em família!

Alemanha: nas terras
germânicas, se comemora o Ano-Novo com biscoitos doces com glacê. “Todos se
reúnem na cozinha para fazer os biscoitos com especiarias. Depois, saem
distribuindo para as crianças da família. Essa é uma maneira de adoçar o ano e
unir os parentes”, relata a culinarista Elfi Gueths, filha de alemães.

Escandinávia:
biscoitos açucarados também fazem a alegria das crianças em três países da
Escandinávia: Noruega, Dinamarca e Suécia. “À meia-noite, comemos kranzekage,
um biscoito de marzipã feito com açúcar e amêndoas. Ele tem o formato  de pirâmide, trazendo sorte para o ano novo”,
explica Vera Jacobsen, que morou na Dinamarca durante dezesseis anos.

Oriente Médio: muita
prosperidade

Países árabes:
fiel à tradição dos seus ancestrais, a escultora Angela Bernardo, de São Paulo,
adora fazer doces para serem servidos na noite de 31 de dezembro. “Todos os
anos faço o burmc, feito de macarrão, mel, frutas secas e nozes picadas. As
sobremesas árabes são muito adocicadas porque escondem a esperança de uma vida
mais amorosa”, explica artista plástica.

Israel: o
Ano-Novo judeu, chamado de Rosh Hashanah, é comemorado em setembro, em dias que
variam de ano para ano, pois a data judaica segue o calendário lunar. “Essa
data representa o começo de um ciclo, e cada início pede uma nova cabeça, uma
nova mentalidade. Por isso, nesses dois dias comemos cabeça de peixe, alimento
ligado à nossa capacidade mental , que, em última análise, também é responsável
pela prosperidade”, explica o rabino Joseph Saltoun, do Centro de Estudos da
Cabala, de São Paulo. 

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