O mundo está envelhecendo. Quer dizer, boa parte dele. Acontece que as populações estão ficando cada vez mais velhas, sendo assim, é natural que o número de mortes aumente cada vez mais. Porém, segundo uma pesquisa feita pelo The Global Burden of Diseases, três nomes de doenças não-infecciosas são os vilões da nossa saúde e os que estão mais matando os seres humanos. São eles: doença cardíaca isquêmica, acidente vascular cerebral e doença pulmonar obstrutiva.
Entre os causadores dessas enfermidades, estão o estresse, o sedentarismo e a má alimentação, e, segundo a nutricionista Luana Friedrich, todos eles podem estar ligados à ansiedade ou à depressão de alguma forma. Segundo dados divulgados pela OMS, o Brasil é o primeiro país mais ansioso e o quinto mais depressivo.
Estresse
Basta você engatar uma conversa com alguém não tão próximo, que a chance de um dos assuntos ser “o mundo está estranho” será grande, e um desses motivos pode ser o estresse que as pessoas estão vivendo.
Na hora que alguém presencia uma situação que as tira do eixo, o corpo entende que está em uma situação de perigo, aumentando os batimentos cardíacos e o fluxo de sangue para os tecidos. Em condições normais, o cenário muda, mas, caso contrário, o estresse crônico faz com que tudo isso não pare de acontecer, levando à possíveis ocorrências cardiovasculares, como o infarto.
Com isso, as pessoas costumam descontar seus sentimentos na comida, e não é diferente depois de uma situação estressante, seja para se acalmar ou para quietar os pensamentos na hora da ansiedade. “A alimentação, por ser fonte de prazer imediato (nos alimentamos de emoções o dia todo), acaba sendo uma válvula de escape, é o que chamamos de fome emocional”, explica a profissional.
Sedentarismo
Segundo um estudo realizado pela revista médica JAMA Network Open, pessoas que trabalham predominantemente sentadas possuem 16% risco de morrer por diversas causas, e a possibilidade de sofrerem uma morte por alguma doença cardiovascular é de 34%. Além disso, a pesquisa também aponta que esses indivíduos que ficam muito tempo sentados têm de adicionar de 15 a 30 minutos ao período de atividade física em relação àqueles que realizam sua função profissional em pé ou de forma mais ativa.
Primeiramente, o exercício físico vai além da estética. Além de prevenir doenças, é uma forma de ventilar pensamentos nos momentos de ansiedade ou estresse, e, consequentemente, não descontar os sentimentos na comida. O sedentarismo pode parecer inofensivo, mas se alguém entra no ciclo de não movimentar o corpo e ficar se alimentando de ultraprocessados, pode acarretar no acúmulo de gordura nas paredes internas dos vasos sanguíneos e na obesidade.
Má alimentação
Para fechar o combo, a especialista afirma que, normalmente, os alimentos procurados para conter as emoções desconfortáveis são os mais palatáveis, ricos em calorias, sódio, açúcar, gorduras ruins, conservantes, corantes, entre outros. “Estes, por sua vez, possuem um apelo grande de marketing, fomentando seu consumo, por ser prático, rápido e saboroso”, ressalta.
A dica é simples: “descascar mais e desembalar menos, evite os processados e contemple os alimentos naturais”. Ademais, esteja presente na hora das refeições para evitar as grandes quantidades desnecessárias. “Alimente-se de forma consciente, saboreando o alimento. Assim, os produtos de alto valor energético acabarão transformando-se em exceção no dia a dia. E não se esqueça de cuidar da sua saúde mental, afinal, mente sã, corpo são”, esclarece.
E aí, você sabia que esses eram os vilões da nossa saúde? Fique de olho no seu corpo e cuide-se.