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Pela 1ª vez, estudiosos capturam junção de dois buracos negros com massa 142 vezes maior que a do Sol

Published 03/09/2020

Pela 1ª vez, estudiosos capturam junção de dois buracos negros com massa 142 vezes maior que a do Sol - Foto: N. Fischer, H. Pfeiffer, A. Buonanno (Instituto de Física Gravitacional Max Planck), com colaboração do Simulating eXtreme Spacetimes (SXS).

Cientistas norte-americanos detectaram o momento da colisão entre dois buracos negros a partir de uma simulação matemática capaz de interpretar as ondas gravitacionais emitidas pela colisão. Mas, o que realmente impressionou os estudiosos foi a massa resultante da junção dos dois astros celestes.

De acordo com os estudos publicados pelas revistas “Astrophyiscal Journal Letters” e “Physical Review Letters” nesta última quarta-feira, 2 de setembro, o buraco negro formado, considerado de massa intermediária, possui 142 vezes a massa do Sol. Esta foi a primeira vez que cientistas identificaram uma constituição de buraco negro neste formato com tamanha grandeza, caracterizando-a como a maior fusão já encontrada.

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Vale lembrar que os sinais emitidos pelo evento viajaram mais de sete bilhões de anos para chegar até o planeta Terra. A priori, os dois buracos negros se aproximaram, giraram em formato de espiral, e finalmente se fundiram, resultado da atração dos campos gravitacionais.

Os buracos negros intermediários, ou seja, que contém de cem a mil massas solares, recebem este nome, pois estão entre os buracos negros estelares, formados a partir da explosão conhecida como supernova (quando uma estrela “morre” e entra em colapso), e os supermassivos, que geralmente tem sua massa muito compacta, mas milhões de vezes maior que a do Sol. Segundo Berry Kalogera, especialista que contribuiu para os estudos publicados, a formação dos buracos negros supermassivos ainda é um mistério para a astrofísica.

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