São José: saiba porque o pai de Jesus é celebrado em três datas diferentes
O Dia de São José pode ser comemorado em 19 de março, 1º de maio ou, no caso das Igrejas Orientais, no primeiro domingo após o Natal

O Dia de São José pode ser comemorado em 19 de março, 1º de maio ou, no caso das Igrejas Orientais, no primeiro domingo após o Natal
O mestre em Teologia pela PUC São Paulo, Francisco Emílio Surian, afirmou, à ‘CNN‘, que São José é um dos santos mais queridos dos brasileiros. Mas o pai adotivo de Jesus Cristo não é somente o favorito do Brasil, como de religiosos por todo o mundo. A adoração é tão grande que os fiéis celebram a santidade em três épocas diferentes. As primeiras comemorações, contudo, começaram em uma quarta data.
No Egito, durante o século IV, o Dia de São José ocorria em 20 de julho. Já no Ocidente, a data que celebra o santo, 19 de março, foi instituída somente em 1480, pelo Papa Sisto IV. No século XVI, este dia se tornou universal. Outra celebração acontece em 1º de maio, estabelecida pelo Papa Pio XII em 1955, que proclamou José o padroeiro dos trabalhadores. Já as Igrejas Orientais comemoram a data no domingo após o Natal. De acordo com a Ortodoxa, caso o dia da semana não ocorra entre 25 de dezembro e 1º de janeiro, a homenagem acontece em 26 de dezembro.
“Pai na ternura. Pai na obediência, Pai no acolhimento, Pai na coragem criativa, Pai trabalhador e Pai na sombra”, estes foram os sete termos que o Papa Francisco usou para referenciar São José, na Carta Apostólica, ‘Patris Corde‘. O santo, esposo de Maria e pai adotivo de Jesus, era carpinteiro em Nazaré, e foi descrito nos Evangelhos como um homem justo e trabalhador.
Segundo os relatos bíblicos, ao descobrir que sua mulher estava grávida antes do casamento, José considerou deixá-la em segredo para protegê-la. No entanto, após a visita de um anjo em sonho, ele assumiu a paternidade. Posteriormente, guiado por um anjo, conduziu sua família ao Egito para escapar da perseguição do rei Herodes, retornando à cidade natal logo após.
“Jacó gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, chamado Cristo. Eis como nasceu Jesus Cristo: Maria, sua mãe, estava desposada com José. Antes de coabitarem, aconteceu que ela concebeu por virtude do Espírito Santo. José, seu esposo, que era homem de bem, não querendo difamá-la, resolveu rejeitá-la secretamente. Enquanto assim pensava, eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: ‘José, filho de Davi, não temas receber Maria por esposa, pois o que nela foi concebido vem do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo de seus pecados’. Despertando, José fez como o anjo do Senhor lhe havia mandado”, diz um trecho do Evangelho.
Apesar da Bíblia citar o santo poucas vezes, os fiéis e a Igreja Católica o adoram. Por isso, em 1870, o Papa Pio IX o declarou como padroeiro da Igreja. Mais recentemente, em comemoração aos 150 anos da nomeação, o Papa Francisco definiu 2021 como o Ano de São José.
“Ó glorioso São José, a quem foi dado o poder de tornar possíveis as coisas humanamente impossíveis. Vinde em nosso auxílio nas dificuldades em que nos achamos. Tomai sob a vossa proteção a causa que vos confiamos para que tenha uma solução favorável. Ó Pai muito amado, em vós depositamos toda nossa confiança.
Que ninguém possa jamais dizer que vos invocamos em vão. Já que tudo podeis junto a Jesus e Maria, mostrai-nos que vossa bondade é igual ao vosso poder. São José, a quem Deus confiou o cuidado da mais Santa Família que jamais houve, sede o pai e protetor da nossa e impetrai-nos a graça de vivermos e morrermos no amor de Jesus e Maria. São José do Perpétuo Socorro, rogai por nós que recorremos a vós. Amém”