Sleepmaxxing: o que funciona, ou não, na nova tendência das redes sociais?
O sleepmaxxing engloba uma série de práticas para ter uma noite de sono melhor, como evitar cafeína, tomar suplementos e comer kiwi

O sleepmaxxing engloba uma série de práticas para ter uma noite de sono melhor, como evitar cafeína, tomar suplementos e comer kiwi
Todo dia, surge uma nova tendência nas redes socias que promete revolucionar e melhorar a nossa rotina. A mais bombada do momento é a sleepmaxxing. O termo engloba uma série de práticas para garantir uma noite de sono melhor, como evitar cafeína, controlar a temperatura do ambiente, tomar suplementos ou controlar o tempo de descanso por aplicativos. Apesar de ter se tornado popular, principalmente entre os usuários do TikTok, muitas estratégias utilizadas no sleepmaxxing não apresentam comprovação científica. Já outras estão entre as principais recomendações de profissionais para dormir melhor.
De acordo com especialistas, a rotina noturna impulsionada pela trend apresenta táticas que diversas pesquisas já apontam como benéficas ao sono. Dentre elas, está o controle da luz e da temperatura do ambiente de descanso, que deve estar entre 15,6ºC e 19,4ºC. Outras práticas já são mais conhecidas pelo público geral. Não consumir cafeína ou álcool antes de dormir, por exemplo, pois podem causar agitação. Além disso, sempre ouvimos falar – principalmente dos avós e pais – sobre como é importante restringir o uso de aparelhos eletrônicos durante a noite. Isso porque a luz azul das telas remete à luminosidade do dia ao nosso cérebro e, assim, impactando a produção de melatonina.
Os adeptos ao sleepmaxxing também caminham ao lado dos profissionais ao indicarem que seja estabelecido um horário regular para dormir e acordar, além de acertarem no uso de cobertores pesados. De acordo com o professor clínico da divisão de medicina do sono da Universidade Stanford, Rafael Pelayo, em entrevista à CNN, as cobertas podem fazer as pessoas se sentirem confortáveis, liberando oxitocina, hormônio do abraço.
Fugindo do convencional, as novas táticas ainda incluem o consumo de um ou dois kiwis antes de dormir. Para Pelayo, a ingestão do alimento pode auxiliar no sono. O clínico explica que o que possibilita isso são os antioxidantes e precursores de serotonina presentes no kiwi.
O uso de aplicativos para controlar o tempo de sono é somente um dos métodos do sleepmaxxing que não apresentam qualquer comprovação científica e pode, até mesmo, prejudicar o sono. Outra tática questionada é o consumo de suplementos. Estudos apontam que esses fármacos, muitas vezes, funcionam como placebo. Além disso, em algum casos, eles podem mascarar problemas de saúde atrelados ao sono ou agravá-los. Por fim, o uso de fita adesiva na boca, para evitar mau hálito ou reduzir o ronco, pode esconder distúrbios do sono, como apneia. Por isso, antes de acrescentar qualquer uma das práticas citadas à rotina, você deve consultar um profissional que indique quais se adequarão melhor à sua saúde.
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*Texto sob orientação de Helena Gomes