Fim de relacionamento sem brigas e baixarias significa que não há sofrimento?

O fim de relacionamento da atriz Bruna Marquezine com João Guilherme chamou a atenção pelo alto grau de civilidade. Em tempos de ressentimentos exacerbados, o fim tão elegante e polido parece ‘frio’ se compararmos com a lavagem de roupa suja que as redes sociais proporcionam

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Fim de relacionamento civilizado significa ausência de sofrimento? – Reprodução/ Instagram

O fim de relacionamento da atriz Bruna Marquezine com João Guilherme chamou a atenção pelo alto grau de civilidade. Em tempos de baixaria e troca de acusações recíprocas, o fim tão elegante e polido parece ‘frio’ se compararmos com a lavagem de roupa suja que as redes sociais proporcionam nos dias atuais.

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Ok, eles não formam mais um casal. A nota da assessoria informa tratar-se de um término que aconteceu de ‘maneira amigável e respeitosa’. Decisão em conjunto. Pedem privacidade. Maturidade que chama, certo? Além disso, os dois se seguem nas redes. Ah, e as fotos do tempo do namoro não foram excluídas. Bonito de ver. Mas e o (res)sentimento, existe? Se sim, pra onde vai?

Fim  de relacionamento civilizado significa que está tudo bem?

Para a psicanalista e escritora Carla Brandão, por mais que se tenha lastro emocional, uma ruptura sempre é dolorida. Traz consigo seus efeitos rebote. “Nunca saberemos os motivos reais de tal fato, nem mesmo de pessoas desconhecidas ou familiares e amigos. A verdade está no coração das pessoas envolvidas e, muitas vezes, o que move essas pessoas nem está bem explicado para elas também”, resume.

Para Roberson Dariel, Pai de Santo especialista em reconciliação de casais do Instituto Unieb, nem todo término de relacionamento acontece no calor de uma discussão ou repleto de ressentimentos. Algumas relações chegam ao fim de forma pacífica, com respeito e compreensão mútua. No entanto, isso não significa que a dor seja menor.

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“Existe dor, não é mais fácil e essa ausência de um motivo concreto para o fim pode prolongar o sofrimento. Sem raiva ou ressentimento envolvidos, pode ser mais difícil desapegar e seguir em frente, já que a relação não foi desgastada por discussões constantes”, analisa.

Seguir em frente

Além disso, o especialista diz que é preciso viver o luto do término, independentemente de como a relação acabou. “É preciso ressignificar sentimentos, lidar com a ausência do outro e reorganizar a rotina sem aquela presença constante. O mais importante não é como a relação termina, mas sim como cada um lida com esse encerramento”, finaliza Roberson.

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Editora-chefe das marcas Bons Fluidos, SportBuzz e Perfil Brasil. Acredita na Lei do Retorno e na (lenta) evolução do ser humano para um mundo melhor.