Ozempic pode ajudar no no combate ao alcoolismo? Veja o que diz estudo
Análise publicada na revista JAMA Psychiatry afirma que semaglutida pode ser aliada na redução do desejo e consumo de bebidas
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Análise publicada na revista JAMA Psychiatry afirma que semaglutida pode ser aliada na redução do desejo e consumo de bebidas
Recentemente, a semaglutida, conhecida pelo nome comercial Ozempic, demonstrou um potencial significativo em reduzir o consumo de álcool. Publicado na revista JAMA Psychiatry, o estudo revelou que pessoas que usaram o medicamento tiveram uma diminuição no desejo por bebidas alcoólicas. A pesquisa foi conduzida pela Universidade do Sul da Califórnia e envolveu 48 participantes com problemas relacionados ao álcool. A princípio, estes indivíduos não estavam em tratamento. No entanto, apresentavam um consumo elevado de álcool, ultrapassando os limites moderados semanais. A seleção criteriosa dos participantes garantiu dados relevantes e consistentes para avaliar a eficácia do medicamento.
Inicialmente, divididos em dois grupos, os participantes do estudo receberam semaglutida ou um placebo. Depois, ao longo de nove semanas, pesquisadores analisaram o comportamento dos participantes. Assim, a eficácia do medicamento destacou-se pela redução notável no consumo de álcool em comparação com o grupo placebo.
Um ponto crucial que os pesquisadores destacam é a aceitação limitada de medicamentos já aprovados para tratar o alcoolismo. No entanto, o Ozempic e medicamentos similares possuem alta aceitação por sua eficácia em outras condições de saúde. Desta forma, esta aceitação pode ser um fator decisivo para aumentar a adesão dos pacientes ao tratamento do alcoolismo, dado que a redução do consumo de álcool está diretamente ligada a resultados positivos de saúde.
No Brasil, a semaglutida foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária em 2018. Está disponível nas versões oral e injetável para tratamento de diabetes tipo 2 e obesidade. Entretanto, seu uso off-label, ou seja, para finalidades não especificadas na bula, tem causado preocupação entre especialistas. Por fim, associações médicas brasileiras não recomendam a manipulação do produto. Versões alternativas podem e comprometer a segurança e a eficácia do medicamento.