Basta uma caminhada pela região da USP, em São Paulo, ou observar as margens dos rios Pinheiros e Tietê para se deparar com elas: as capivaras (Hydrochoerus hydrochaeris). Elas são classificadas como roedores herbívoros e são populares em quase toda a América do Sul. Podem ser encontradas em áreas úmidas, como savanas e selvas. No entanto, segundo o biólogo brasileiro Marcos Vinícius Rodrigues, devido ao desmatamento e ao avanço humano em seu habitat, precisaram se adaptar às cidades e ao convívio com humanos por instinto de sobrevivência.
“Tornou-se o que chamamos de animal generalista, aprendendo a socializar com a presença humana e a se adaptar às cidades”, disse o especialista à National Geographic. deixando claro que a incorporação do animal nas cidades é puramente um instinto de sobrevivência.
Com aspecto amigável e convivendo tão próximas dos humanos, logo tornaram-se celebridades nas redes sociais. O escritor soviético-americano Gary Shteyngart homenageou as capivaras na revista New Yorker em janeiro deste ano. Inclusive, elencou as qualidades deste mamífero que vem conquistando tantos fãs ao redor do mundo.
Curiosidades sobre as capivaras
2. Como se alimentam? – Sendo herbívoras, as capivaras podem consumir aproximadamente 30 kg de vegetação diariamente. No entanto, um dos aspectos mais curiosos de sua dieta é a prática de consumir suas próprias fezes. Este hábito garante que elas obtenham o máximo de nutrientes possíveis ao digerir pela segunda vez o alimento.
3. Vivem em grupos – A capivara é um animal gregário, ou seja, vive em bandos normalmente dominados por um macho e várias fêmeas, que mantêm um regime hierárquico entre seus descendentes e diferentes machos subordinados.
4. Não são animais domésticos – Ok, elas até se adaptaram à vida urbana. Porém, são animais silvestres e não podem ser domesticadas conforme a lei brasileira. Para isso, o interessado deve obter uma licença para se tornar um tutor legal.
5. Podem transmitir febre maculosa? – Não. Elas são apenas as hospedeiras mais comuns do carrapato-estrela, que é transmissor da doença. Mas, segundo especialistas, elas não são as culpadas. De acordo com a bióloga Rosângela Oliveira, é mais fácil encontrar os carrapatos nas capivaras, por que vivem em ambientes naturais. No entanto, ela diz que as pessoas não devem fazer mal, mas evitar contato com o animal. Vale lembrar que outros animais como cavalos, cachorros e gatos também podem carregar o carrapato-estrela. Para eles, há medicamentos para evitar a infecção.