Padre Fábio de Melo desabafa sobre depressão: ‘Um ser melancólico que adoece’

Em um vídeo publicado na sua conta do Instagram, o cantor começou seu desabafo relembrando de sua infância e de como os sinais da condição mental começaram

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O Padre Fábio de Melo revelou que, mais uma vez, estava lutando contra a depressão durante um evento em Pernambuco – Reprodução Instagram/@pefabiodemelo

O Padre Fábio de Melo revelou que, mais uma vez, estava lutando contra a depressão“Ao longo dessas duas últimas semanas, a depressão tomou conta de mim de novo. Ao longo dessas duas últimas semanas eu só tenho um pensamento nessa vida: a vontade de deixar de viver”, disse durante um evento em Pernambuco. E, mais recentemente, utilizou suas redes sociais para detalhar como estava se sentindo. Veja abaixo:

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Sinais apareceram desde menino

Em um vídeo publicado na sua conta do Instagram, o cantor começou seu desabafo relembrando de sua infância. “Foi à beira do abismo que eu sempre andei, desde o menino. Tudo em excesso, alegria demais, tristeza demais, amor demais, ódio demais. No avesso de toda alma que hospeda a melancolia, eram muitas loucuras, muitos delírios”.

Sentimentos invalidados

Depois, ele contou que diversas pessoas julgavam sua forma de se expressar. “Já me acusaram de ser muito emocionado, falaram como se fosse um defeito, mas eu sei que não é quem conduz a minha alma pela mão, são elas, as emoções. Desta particularidade nascem minhas riquezas, mas também os meus limites”, detalhou. A psicóloga youngiana, Hannah Itzicovitch Leventhal, contou à Bons Fluidos que, muitas vezes, há aqueles que diminuem e invalidam o sofrimento de quem tem depressão. Isso faz com que a busca por tratamento seja desencorajada e o sofrimento silencioso.

Falta de vontade de viver

Por fim, o padre completou: “Minha alma sob sombra tem o hábito de viver nas alegrias conscientes de que elas estão terminando. Sim, antes mesmo que se findem, eu já estou chorando de saudade delas. Quando vem a tristeza, eu sou invadido pela convicção de que será definitiva. Este sou eu, um ser melancólico que, de vez em quando, adoece de tanta tristeza. [E] não é doença, eu sei, mas às vezes é. Quando sinto que está retirando a minha vontade de viver, preciso dar ao meu cérebro um amparo químico, uma ajuda para que os excessos doentios voltem a ser excessos criativos”.

Os sintomas da depressão

A especialista nos disse que a depressão possui os sintomas mais comuns. E são eles irritabilidade, ansiedade, angústia, desânimo, cansaço fácil, necessidade de maior esforço para fazer as coisas, diminuição ou incapacidade de sentir alegria e prazer. Também estão inclusos desinteresse, falta de motivação, apatia, sentimentos de medo, insegurança, desesperança, desespero, desamparo, pessimismo, ideias frequentes e desproporcionais de culpa, baixa auto-estima, sensação, inutilidade, ruína, fracasso. Por fim, interpretação distorcida e negativa da realidade, dificuldade de concentração, raciocínio mais lento, esquecimento, diminuição do desempenho sexual, perda ou aumento do apetite e do peso, insônia, despertar matinal precoce e dores e outros sintomas físicos não justificados por problemas médicos também estão inclusos no quadro.

Busque ajuda

Caso você tenha se identificado com alguns desses sinais que a psicóloga mencionou anteriormente, ela aponta que a melhor atitude a se tomar é procurar por ajuda. “Em casos de suspeita da existência de algum transtorno, é sempre importante buscar um profissional de saúde mental para avaliar melhor a conduta ou realizar o diagnóstico. Além dos profissionais autônomos, ou de convênios, existem os CAPS e UBS que podem ajudar no encaminhamento gratuito para a população e clínicas escolas também gratuitas, vinculadas à universidades”, conclui.

 

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