Disponível na plataforma de streaming Netflix, o filme é baseado em uma história real, que explora a trajetória do 6888º Batalhão Central de Diretório Postal, uma unidade composta exclusivamente por mulheres negras durante a Segunda Guerra Mundial
“Batalhão 6888” surge como uma produção cinematográfica que não apenas entretém, mas também educa o público sobre um capítulo menos conhecido da história. Disponível na plataforma de streaming Netflix, o filme é baseado em uma história real, que explora a trajetória do 6888º Batalhão Central de Diretório Postal, uma unidade composta exclusivamente por mulheres negras durante a Segunda Guerra Mundial.
O longa tem a assinatura do cineasta Tyler Perry e traz grandes nomes no elenco, como a atriz Kerry Washington, que interpreta a comandante Charity Adams. Ela compartilhou uma experiência curiosa ocorrida durante os preparativos para o filme. Um acontecimento inspirador ocorreu quando um baú, que pertencia à verdadeira Charity Adams, foi revelado contendo itens pessoais como roupas e anotações. Este evento, descrito por Washington como uma manifestação do espírito de sua personagem, trouxe uma dimensão emocional significativa para sua atuação.
O 6888º Batalhão se destacou como a única unidade exclusivamente formada por mulheres negras a servir no exterior durante a Segunda Guerra Mundial. Suas integrantes enfrentaram, além do racismo, a missão de organizar e distribuir mais de 17 milhões de peças de correspondência destinadas aos soldados durante o conflito. As condições precárias em que as cartas se encontravam, acumuladas e deterioradas, acrescentaram complexidade à missão do batalhão. Além disso, as mulheres enfrentaram inúmeros preconceitos.
Uma das mulheres do Batalhão é Lena Derriecott King. Antes mesmo de ingressar no exército, se destacou pela luta contra o racismo nos Estados Unidos. Participou da Administração Nacional da Juventude da Primeira Dama Eleanor Roosevelt e viajou até Washington, D.C., para protestar contra restaurantes que separavam negros de brancos.
Após décadas de esquecimento, o 6888º Batalhão tem recebido o devido reconhecimento por suas contribuições durante a guerra. Em 2022, foi concedida a Medalha de Ouro do Congresso pelo presidente Joe Biden, honraria destinada às sobreviventes da unidade e em memória de seu serviço valioso. Este reconhecimento tardio, que coincide com o lançamento do filme, revitaliza a memória dessas bravas mulheres e seu papel fundamental na história militar dos Estados Unidos.
