Tentar acabar com seu tédio assistindo a vídeos na internet não vai funcionar; entenda
A Universidade de Toronto realizou alguns estudos que mostraram que ver os conteúdos curtos nas redes sociais não é uma atitude efetiva
A Universidade de Toronto realizou alguns estudos que mostraram que ver os conteúdos curtos nas redes sociais não é uma atitude efetiva
Sabemos que, quando você pega o celular para ver vídeos, está procurando se entreter e acabar com o tédio. Mas você sabia que a atitude não é efetiva? Segundo o ‘Journal of Experimental Psychology: General‘, ficar vendo conteúdos curtos nas redes sociais não vai prender sua atenção por muito tempo. Leia mais:
Ficar pulando de vídeo em vídeo só vai te dar mais tédio, pois a experiência de visualização vai ficando cada vez menos satisfatória, envolvente e significativa. “Apesar de, inicialmente, o ato gerar um grau de satisfação, graças à dopamina, a curta duração do conteúdo exige pouca atenção e não envolve de maneira profunda”, explica o psiquiatra Elton Kanomata, do Hospital Israelita Albert Einstein.
Assim, este tipo de comportamento leva à pequenas e sucessivas estimulações, sensibilizando o circuito de recompensa. “Em outras palavras, assim como na dependência química e em jogos, a pessoa precisará de estímulos cada vez mais intensos para sentir o mesmo nível de prazer”, diz o psiquiatra. “Por outro lado, a capacidade de atenção tende a fadigar ao longo do tempo e levar a uma sensação de monotonia, falta de interesse e desejo por fazer algo diferente, gerando o tédio”, completa.
Primeiramente, para chegar à esta conclusão, a Universidade de Toronto realizou dois experimentos com, aproximadamente, 1.200 pessoas. Os cientistas, no primeiro teste, fizeram os participantes verem um vídeo de dez minutos, sem a opção de avançar ou retroceder. Depois, disponibilizaram sete vídeos diferentes, de cinco minutos cada, para que assistissem. Desta vez, eles poderiam mudar de um para o outro dentro de dez minutos.
Em uma outra vez, os objetos de estudo assistiram a um vídeo de dez minutos em uma rodada, e, na outra, puderam avançar ou retroceder em um vídeo de 50 minutos. Com isso, os estudiosos observaram que, quando os participantes estavam entediados, alternavam os vídeos e acreditavam que essa alternância os ajudaria a evitar o tédio. Só que, mesmo quando eles tinham a liberdade de assistir a vídeos de seu interesse, a alternância intensificou o sentimento entediante.