Burnout: Atente-se aos sinais!

Como um Burnout pode ser causado? Quais os sintomas? E como tratá-lo? Na coluna desta semana, Jamar Tejada responde essas e outras perguntas

Burnout
Como um Burnout pode ser causado? Quais os sintomas? E como tratá-lo? Jamar Tejada indica cinco fitoterápicos para o tratamento de Burnout – Canva Equipes/oleksandrbedenyuk

Escrevo essa minha coluna exatamente 12h antes da minhas tão planejadas férias e, como nada na minha vida veio de forma fácil, essas últimas 24h foram uma prova de merecimento, tudo tem acontecido! Começando que, na noite anterior, resolvo conferir se meu cartão de compras internacional, o físico mesmo e meu passaporte estavam no lugar que eu acreditava estar. Devia ser 2h da madrugada. Obviamente não estavam lá. Deus sabe que eu gosto de uma emoção, perder passaporte e cartão horas antes de embarcar fazem parte do meu desenvolvimento humano.

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Bom, claro que perdi a noite rezando ao santo que, como geminiano perdido, é o santo que mais peço socorro, meu amado São Longuinho, e ele mais uma vez ele me atendeu! Salve São Longuinho! Encontrei os benditos naquele esconderijo que eu faço para eu mesmo não esquecer – e obviamente sempre esqueço! Mas, a coluna de hoje não é para ensinar a oração do meu protetor, e sim para falar do motivo que é o culpado por tanto esquecimento e que tem me feito desejar, como nunca, essas férias merecidas: o Sr. Burnout.

O Burnout, ou síndrome de esgotamento profissional, é um estado de exaustão emocional, mental e física, causado por estresse prolongado e excessivo no ambiente de trabalho. O mesmo afeta tudo, nossa produtividade, saúde mental e física e pode levar a problemas sérios, como depressão e ansiedade, assuntos que tanto bato sempre na tecla por aqui.

Como um Burnout pode ser causado?

Nesse contexto profissional, ele pode ser desencadeado por uma combinação de fatores que, quando persistem ao longo do tempo, levam a um estado de exaustão emocional e física, onde os principais fatores que podem resultar são, com certeza, um ou vários -se não todos- motivos abaixo:

Carga de trabalho excessiva: Na qual o acúmulo de responsabilidades e tarefas pode levar a um sentimento de desamparo e falta de controle;

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Falta de controle e limitação em tomar decisões: A sensação de que não se tem influência sobre o próprio trabalho ou processos pode gerar frustração e impotência;

Ambiente de trabalho negativo ou mesmo cultura organizacional tóxica: Ambientes que estimulam a competitividade, críticas constantes e falta de apoio podem afetar a moral e o bem-estar;

Conflitos interpessoais: Relações difíceis com colegas ou supervisores onde esses conflitos e falta de comunicação podem gerar tensões que aumentam ainda mais o estresse;

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Falta de equilíbrio entre vida profissional e pessoal: A sobrecarga e a falta de tempo para a vida pessoal podem resultar em esgotamento emocional;

Pressões e expectativas elevadas ou mesmo metas inatingíveis: Expectativas irrealistas em relação ao desempenho e a necessidade de ser sempre produtivo podem contribuir para um caminho ladeira abaixo;

Falta de reconhecimento: Desvalorização dos esforços – a ausência de feedback positivo e reconhecimento pode levar a um sentimento de desmotivação;

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Perfeccionismo: Exigência excessiva de si mesmo – a busca por padrões de excelência pode resultar em autocrítica, aumento da pressão e estresse constante;

Mudanças organizacionais: Fusões, reestruturações e demissões são alterações no ambiente de trabalho que geram incertezas e que podem intensificar a ansiedade;

Falta de apoio de suporte: Solidão e isolamento – a falta de uma rede de apoio, seja profissional ou pessoal, pode fazer com que o estresse se acumule sem alívio;

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Repetitividade, tarefas chatas e monótonas: Trabalhar em atividades repetitivas sem desafio pode levar à desmotivação e ao cansaço mental.

Quais os sintomas?

Os sintomas do burnout podem ser classificados em três categorias principais: Exaustão emocional, despersonalização (ou cinismo) e redução da eficácia profissional.

Vamos entender os principais sintomas associados a cada uma dessas categorias:

Exaustão emocional e cansaço excessivo:

– Sensação constante de falta de energia e exaustão
– Falta de motivação: Dificuldade em se sentir motivado para realizar tarefas diárias
– Sensação de estar sobrecarregado ou incapacidade de lidar com as demandas do trabalho
– Dificuldades em dormir: Insônia ou sono não reparador devido a preocupações

Despersonalização (Cinismo):

– Atitudes negativas: Desenvolvimento de uma postura cínica ou negativa em relação ao trabalho e aos colegas
– Dificuldade em sentir empatia: Não consegue se conectar emocionalmente com as pessoas, incluindo colegas e pacientes (em profissões de cuidado)
– Falta de interesse nas atividades que anteriormente eram prazerosas

Redução da eficácia profissional:

– Sentimento de ineficiência: Sentir-se menos competente ou eficaz no trabalho e na realização de tarefas
– Baixa autoconfiança: Dúvida sobre as próprias habilidades e capacidades profissionais
– Dificuldade em concentrar-se: Dificuldades de concentração e foco, resultando em diminuição da produtividade

Burnout e sintomas físicos

O Burnout pode também se manifestar fisicamente. Entre os sintomas estão:

– Dores de cabeça frequentes ou enxaquecas;
– Problemas digestivos: Indigestão, náuseas ou distúrbios gastrointestinais;
– Alterações no apetite: Comer demais ou não comer o suficiente;
– Fadiga Crônica: Cansaço extremo que não melhora com o descanso.

Reconhecer esses sintomas é essencial para buscar ajuda adequada e autocuidado. Se você ou alguém que você conhece sofre com esses sintomas de burnout, é importante considerar procurar apoio profissional!

Dicas para evitar o Burnout

  • Estabeleça limites: Defina horários claros de trabalho e respeite seu tempo pessoal. Evite levar trabalho para casa sempre que possível.
  • Pratique o autocuidado: Dedique tempo à atividades que você gosta e que promovem o relaxamento, como exercícios, meditação ou hobbies.
  • Faça pausas regulares: Pequenas pausas durante o dia ajudam a repor a energia. Levante-se, alongue-se e respire profundamente.
  • Gerencie o estresse: Utilize técnicas de gestão do estresse, como mindfulness e respiração consciente, para manter a calma em situações desafiadoras.
  • Comunique-se: Fale sobre suas preocupações com colegas ou supervisores. O apoio social é fundamental para enfrentar situações estressantes.
  • Delegue tarefas: Se possível, compartilhe responsabilidades para evitar a sobrecarga de trabalho. A colaboração pode melhorar a eficiência e a moral da equipe.
  • Desconecte-se: Encontre momentos para se desconectar das tecnologias e redes sociais, principalmente fora do horário de trabalho. Isso ajuda a reduzir o estresse e a melhorar o foco.
  • Invista em desenvolvimento pessoal e profissional: Cursos e workshops podem trazer novas perspectivas e sentimentos de realização.
  • Atente-se aos sinais: Conheça seus limites e esteja ciente dos sinais de que você pode estar sofrendo um Burnout. Não hesite em buscar ajuda profissional se necessário. Prevenir o Burnout é fundamental para garantir também a qualidade de vida.

Tratamento fitoterápico para Burnout existe?

Claro! Os fitoterápicos podem ser uma opção auxiliar no manejo dos sintomas do burnout, contribuindo para a redução do estresse e a melhora do bem-estar emocional.

Separei aqui cinco fitoterápicos comumente utilizados que podem ser usados na forma de infusões ou mesmo cápsulas e tinturas ou estrato fluído:

  1. Passiflora (Passiflora incarnata): Conhecida como flor do maracujá, é utilizada para suas propriedades calmantes e ansiolíticas. Pode ajudar a reduzir a ansiedade e promover um sono melhor.
  2. Valeriana (Valeriana officinalis): Frequentemente empregada para o tratamento da insônia e da ansiedade. Possui efeitos sedativos e relaxantes que podem auxiliar na redução do estresse.
  3. Camomila (Matricaria chamomilla): Comumente utilizada em chás, a camomila é conhecida por suas propriedades relaxantes e anti-inflamatórias. É especialmente eficaz para promover o relaxamento e aliviar a tensão.
  4. Erva-cidreira (Melissa officinalis): Apresenta propriedades calmantes e é frequentemente usada para aliviar a ansiedade e promover um sono mais tranquilo. Pode ser consumida em forma de chá ou extrato.
  5. Rhodiola (Rhodiola rosea): Considerada um adaptógeno, a rhodiola ajuda o corpo a adaptar-se ao estresse. É conhecida por aumentar a resistência física e mental, além de melhorar o humor.

Quer saber mais sobre fitoterápicos adaptógenos? Acesse aqui:
https://www.bonsfluidos.com.br/coluna-jamar-tejada/apadtogenos-plantas-que-aumentam-a-nossa-resistencia-em-combate-ao-estresse.phtml

Embora os fitoterápicos possam ser benéficos e uma alternativa bem mais segura que os medicamentos alopáticos convencionais, consulte um profissional de saúde antes de iniciar qualquer tratamento.

Ele irá determinar a dosagem adequada e garantir que não haja interações com outros medicamentos ou condições de saúde.

Lembre-se os fitoterápicos não substituem práticas de autocuidado e mudanças de estilo de vida que são essenciais na prevenção e tratamento do burnout e não substituem bons dias de férias.

Até a próxima coluna, na volta das minhas férias!