Conheça a planta que exala ‘cheiro de morte’ e atrai multidões
Conhecida como ‘Flor-Cadáver’, a planta exala um odor específico de corpos em decomposição e atrai a curiosidade de visitantes
Quando observamos a chamada ‘Flor-Cadáver’, planta conhecida por exalar o ‘cheiro de morte’, nos deparamos com uma espécie singular na natureza: ela tem uma longa espiga de tom amarelo-claro, que surge do que parece ser uma enorme pétala verde grossa e enrugada com borda lilás. Impressiona pelo tamanho, pois é capaz de atingir vários metros de altura.
A planta tem 22 anos de idade. Recebeu o apelido de “New Reekie”, que é uma referência ao antigo nome da capital escocesa, Auld Reekie. A floração é uma ocasião especial, pois acontece a cada dois ou três anos. Os horticultores podem prever o dia exato em que ela irá abrir.
New Reekie chegou a Edimburgo quando era um cormo dormente, ou seja, uma espécie de caule subterrâneo.
Planta com ‘cheiro de morte’
A horticultora, Paulina Maciejewska-Daruk, que cuida da planta com ‘cheiro de morte’, descreve à BBC o odor forte e penetrante como “horrível”. A semelhança do cheiro remete a peixe podre ou meia suja. Além, claro, de cadáver.
Porém, existe um propósito da natureza: o fedor tem o objetivo de atrair polinizadores, que confundem a flor com carne apodrecida. Ela também emite calor durante a floração. Assim, pode atrair mais polinizadores. Com este aquecimento, pode alcançar até 36°C, próximo da temperatura do corpo humano. Isto, aliado à cor lilás, intensifica a semelhança com carne apodrecida.
A planta costuma ser vista (ou melhor, sentida) no Jardim Botânico Real de Edimburgo (RBGE, na sigla em inglês), a capital da Escócia. Por alguns dias, é a grande atração do local.
Um dos motivos do fascínio é que a abertura da inflorescência em cultivo ainda é um evento raro. A planta leva cerca de 11 a 15 anos para produzir suas primeiras flores, devido à enorme quantidade de energia necessária.Ela não é, de fato, a maior flor do mundo, mas a maior estrutura de floração sem galhos do planeta.
