Acupuntura ajuda no tratamento de doenças mentais; veja como

O procedimento pode contribuir para a redução dos sintomas de ansiedade, depressão, estresse e insônia, além de reduzir os efeitos de remédios fortes

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A acupuntura pode ajudar no alívio dos sintomas de depressão, ansiedade e até mesmo de medicamentos fortes – Canva Equipes/Africa Images

Você sabia que é possível tratar certas condições psicológicas com a acupuntura? O psiquiatra e acupunturista, Dr. Luiz Sampaio, conta os detalhes. Confira:

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A acupuntura no tratamento psicológico

O médico, primeiramente, chama atenção para o fato de que a acupuntura ganhou reconhecimento como tratamento médico pelo Conselho Federal de Medicina em 1992: “Podemos defini-la como um tratamento médico utilizado de modo isolado ou em associação a tratamentos farmacológicos, outros tratamentos físicos ou cirúrgicos, dependendo do diagnostico médico”.

Por outro lado, no caso do diagnóstico de psicopatologias, o procedimento depende da gravidade do caso. “Pode ser empregado de forma isolada ou junto da psicoterapia. O trabalho multiprofissional, incluindo a psiquiatria, psicologia clínica e terapia ocupacional, em situações mais complexas, apresenta mais benefícios ao paciente”, explica.

Como a acupuntura pode ajudar?

Segundo Sampaio, a acupuntura é uma opção para cuidar de todas as doenças psiquiátricas. “Dá-se através de ajustes no Sistema Nervoso Central e no Sistema Nervoso Autônomo. No primeiro, libera neurotransmissores. Os fármacos, por sua vez, dispensam os neurotransmissores, como a serotonina de ação sedativa do psiquismo, e melhoram o humor. No segundo, tem ação regulatória entre o Sistema Simpático – geralmente hiperativo nas condições de estresse físico ou psicológico – e Parassimpático – condição que desencadeia vários sintomas relacionados à angustia, pânico, insônia dentre outros”, detalha.

O procedimento com as agulhas é importante também para ajudar a diminuir a dosagem de medicamentos e minimizar os efeitos causados.

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Efeitos

Quanto aos efeitos, variam conforme diagnóstico, sintomas e condições do paciente. “Se for estresse com pouca agitação psíquica, o efeito é praticamente imediato. Caso tiver muita agitação, o tempo da primeira sessão tem que ser mais curto e, assim, a resposta é mais lenta. Naqueles que possuem depressão, temos, primeiro, uma melhora progressiva na qualidade do sono, do humor e disposição”, conclui.