Quais as diferenças entre os tipos de arritmia? Entenda
Esta é uma condição que afeta o funcionamento do coração e pode ser classificada em leves e severas
Esta é uma condição que afeta o funcionamento do coração e pode ser classificada em leves e severas
A arritmia cardíaca é um conjunto de condições caracterizadas pela alteração no ritmo dos batimentos cardíacos. As condições podem variar entre batimentos mais lentos, chamados de bradiarritmias, ou mais acelerados, conhecidos como taquiarritmias. Além disso, podem ser irregulares, causando uma série de sintomas incômodos.
A Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (Sobrac) estima que uma em cada quatro pessoas pode sofrer de arritmias ao longo da vida. A arritimia contribui para a morte súbita de cerca de 300 mil brasileiros anualmente.
Para compreender as arritmias, é importante saber como funciona o coração de maneira normal. O coração gera seu próprio impulso elétrico que permite as fases de contração (sístole) e relaxamento (diástole) do músculo cardíaco. Esse impulso segue uma sequência organizada para garantir a circulação eficaz do sangue.
As arritmias, no entanto, representam uma “falha” nesse sistema de impulsos elétricos, resultando em batimentos descompassados. Os sintomas podem incluir palpitações, escurecimento da vista, tontura, desmaios, mal-estar, dor no peito, falta de ar, sudorese e palidez.
As arritmias podem ser categorizadas baseado em onde se originam dentro do coração. Segundo a Cleveland Clinic, os principais tipos são:
As arritmias também podem ser classificadas em severas ou malignas, e leves ou benignas. Conforme o cardiologista Aristides Medeiros Leite, as arritmias leves não têm grande repercussão enquanto as graves podem comprometer significativamente o funcionamento do coração.
“As arritmias leves são aquelas sem repercussão, enquanto as arritmias graves são aquelas com repercussão em relação ao funcionamento do coração”, explicou em entrevista à CNN.
Se não tratadas adequadamente, as arritmias podem levar a uma série de complicações. De acordo com a Cleveland Clinic, os principais riscos incluem o enfraquecimento do músculo cardíaco (cardiomiopatia), parada cardíaca e acidente vascular cerebral (AVC).
O tratamento dependerá do tipo de arritmia. Casos leves podem necessitar apenas de monitoramento regular, enquanto arritmias mais graves podem requerer medicamentos, procedimentos especializados ou até mesmo cirurgia.
A prática de exercícios pode ser problemática para pessoas com arritmias severas ou sintomáticas. Aristides Medeiros Leite alerta que esportes competitivos, que demandam esforços abruptos e intensos, podem desencadear essas condições de forma perigosa.
Contudo, conforme Eliana Corrêa, fisioterapeuta da Universidade Cidade de S. Paulo (Unicid), exercícios de baixa intensidade e específicos podem ser prescritos em programas de reabilitação cardiopulmonar e metabólica. “Para esse grupo de pessoas, pode estar contraindicado a prática de esporte, mas não necessariamente a de exercícios físicos, por isso o programa de reabilitação cardiopulmonar é tão importante”.
Para aqueles com arritmias leves, não há contraindicações para atividades físicas, mas é crucial realizar exames médicos antes de começar. Testes ergométricos, por exemplo, podem avaliar como o coração reage ao esforço, assegurando a segurança da prática de exercícios.
*Matéria originalmente publicada em Perfil Brasil