Menino de 15 anos inventa sabonete para câncer de pele e é honrado pela revista TIME
Heman Bekele teve a ideia inicial baseada na visão que tinha quando morava na Etiópia; ele começou a pensar em uma solução simples e barata para os trabalhadores que trabalhavam de sol a sol sem proteção solar
Por: Helena Gomes - 16/08/2024 - Updated 16/08/2024
Cada vez mais, conhecemos histórias de diversos gênios mirins que despontam aos olhos do público, e HemanBekele é um deles. O jovem de 15 anos descobriu um sabonete para câncer de pele e ganhou o título de ‘Criança do Ano’ pela revista TIME. Veja mais:
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Criado na Etiópia
A inspiração para sua descoberta veio do lugar onde morou quando criança, a Etiópia. Bekele conviveu com uma realidade em que as pessoas eram afetadas pelo sol diariamente e não utilizavam protetor solar. Porém, ele só notou tal fato quando mudou-se para os Estados Unidos com a família. E a ideia, por sua vez, só começou a sair do papel no Natal, época em que ganhou um kit de química e passou a conhecer as reações das substâncias.
Com o tempo, se apaixonou pelos estudos de câncer de pele e decidiu aprofundar-se por conta própria. Foi aí que conheceu o imiquimode, um quimioterápico tópico usado para tratar tumores na pele. O menino então passou a imaginar se as pessoas da Etiópia não poderiam usá-lo para cuidar dos estágios iniciais do câncer de pele, além de formas de baratear o produto.
Muito o que fazer
Com isso, o sabonete passou a lhe parecer uma boa alternativa, já que quase todo mundo o utiliza com a água. A ideia foi tão promissora, que cientistas que estudam o câncer de pele aprovaram, e ele acabou sendo premiado no concurso da 3M, ‘Descoberta da Educação de 2023: Desafio do Jovem Cientista’, com 25 mil dólares. Porém, apesar do sucesso, ainda há um longo caminho pela frente.
Por enquanto, Bekele sabe – e explicou à TIME – que o sabonete conterá nanopartículas carregadas de imiquimode, o que fará com que a substância continue atuando na pele mesmo depois de enxaguar, pois penetrará a nível molecular. E, para testar os avanços do projeto, ele vai ao laboratório Johns Hopkins Bloomberg School of PublicHealth, em Baltimore, onde o professor Vito Rebecca o ajuda. Atualmente, eles estão usando ratos para testar o sabonete. Segundo a TIME, o jovem ainda tem dez anos pela frente para que o produto seja aceito legalmente como um tratamento para o câncer. Enquanto isso, tem feito apresentações para conseguir patrocínios para o empreendimento.
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