O que é colestase gestacional, condição que Sabrina Petraglia teve durante gestação?
Recentemente, a atriz compartilhou um relato alertando seus seguidores sobre colestase gestacional; médico especialista explica sobre condição
Recentemente, a atriz compartilhou um relato alertando seus seguidores sobre colestase gestacional; médico especialista explica sobre condição
Recentemente, em seu perfil do Instagram, Sabrina Petraglia compartilhou um vídeo contando que teve uma complicação na terceira gestação chamada colestase, uma condição rara, mas que pode ser grave. A atriz é mãe de três filhos com o engenheiro Ramón Velásquez – Gael, de 3 anos, Maya, de 1 ano e 6 meses, e Léo, de 2 meses. Na postagem, ela explicou que descobriu por acaso, mas que, felizmente, ela e o bebê ficaram bem.
“Compartilho o vídeo contando a minha experiência com a COLESTASE, que tive na gravidez do Léo. Foi um susto, mas tivemos um final feliz por aqui por detectarmos a tempo de controlar e monitorar! A nossa saúde e de nossos bebês é o que mais importa e, para que ninguém passe por momentos difíceis, resolvi contar a minha história. Se você está grávida ou está próximo de uma gestante, fique atento!”, escreveu.
Confira o relato completo:
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Para entender melhor sobre a condição, a Bons Fluidos conversou com o médico ginecologista, obstetra e especialista em reprodução humana, Dr. Fernando Prado. O profissional explica que a colestase gestacional é um problema do fígado da gestante que diminui ou interrompe o fluxo normal de bile da vesícula biliar. Isso causa coceira e amarelecimento da pele, olhos e membranas mucosas (icterícia).
Será que existe uma causa para essa doença? Dr. Fernando esclareceu: “Os médicos ainda não sabem exatamente o que causa a colestase da gravidez. Porém, sabemos que o processo segue o seguinte raciocínio: o fígado produz a bile. A bile ajuda a quebrar as gorduras durante a digestão. A vesícula biliar armazena a bile. Os hormônios que o corpo da gestante libera durante a gravidez alteram a maneira como a vesícula biliar funciona. Isso pode fazer com que a bile diminua ou pare de fluir. A bile se acumula no fígado e se espalha na corrente sanguínea. Isso causa as coceiras e amarelamento das mucosas”.
Para alertar todas as grávidas de plantão, o profissional disse que o sintoma mais comum da colestase gestacional envolve uma coceira intensa — também conhecida como prurido. “Pode ser generalizada, em todo o corpo, mas é mais comum nas palmas das mãos e solas dos pés. Também pode ser pior à noite. Outros sintomas também podem acontecer: dor abdominal, cor clara das fezes e icterícia (pele, olhos e membranas amareladas)”.
Em relação ao momento da gestação mais comum de aparecer a colestase, o Dr. Fernando disse que, geralmente, acontece no último trimestre da gravidez. Porém, pode acometer as gestantes mesmo nos dois primeiros trimestres. Por isso, é necessário sempre se atentar a qualquer mudança no corpo.
“Existe um sério risco de complicações para o bebê. Ele pode não estar recebendo oxigênio suficiente e há maior risco de parto prematuro. Existe uma condição chamada de mecônio no líquido amniótico, que é quando o bebê tem um movimento intestinal antes do nascimento. Isso pode causar problemas respiratórios muito graves. A colestase da gravidez também pode levar à deficiência de vitamina K. Isso precisará ser tratado antes do parto, porque pode fazer com que haja mais sangramento durante o parto”, alerta o médico.
O tratamento da colestase gestacional tem dois objetivos principais: aliviar a coceira e prevenir complicações da gravidez. Para finalizar, o especialista esclarece como ele ocorre: “Pode incluir medicamentos para ajudar a aliviar a coceira e ajudar a diminuir o nível de bile. O nível de bílis no sangue deve ser verificado e isso ajuda a determinar o tratamento. O feto deve ser monitorado com frequência, pois o parto pode ser antecipado para mais cedo, entre 37 a 38 semanas de gravidez. Isso diminuirá o risco para o bebê”.