No Piauí, pai monta barraca a 500 metros de casa para filho ter acesso à internet e assistir a aulas online

Francisco Sobral construiu esta pequena instalação feita de madeira e palha; confira a história

No Piauí, pai monta barraca a 500 metros de casa para filho ter acesso à internet e assistir a aulas online – Foto: Reprodução/TV Clube

As aulas online passaram a ser uma realidade no Brasil e no mundo com a chegada da pandemia do novo coronavírus. Infelizmente, são muitos os que não tem acesso à internet, mais especificamente ¼ da população com 10 anos ou mais de idade. Como consequência, várias crianças e jovens não estão conseguindo dar continuidade aos estudos neste período.

Publicidade

Este era o caso de José Caique, aluno de apenas 13 anos, que ingressou no 7º ano do ensino fundamental no sistema público de educação no Piauí, estado localizado na região Nordeste do país.

+ VEJA: Jovem compra ônibus velho e transforma em um motorhome incrível; veja fotos

Porém, graças a seu pai, Francisco Sobral, o jovem finalmente está conseguindo ter acesso às aulas online. Residentes de Olho D’Água, cidade a 95 km da capital Teresina, o progenitor montou uma barraca de palha no meio da mata, único lugar mais próximo com internet na região.

Para as aulas que acontecem entre 13h e 15h, é necessário pedalar 500 metros, de casa até o meio da mata, para conseguir acessar a internet. Visando o bem-estar do filho durante o período de estudos, Francisco construiu esta pequena instalação feita de madeira e palha para abrigar José do sol e do calor.

Para a TV Clube, Francisco contou sobre o filho: “Ele é um guerreiro. Eu não consegui estudar, tive quer ir para roça. Ele se esforça muito”.

VEJA: Conheça o ‘The Happiness Museum’, 1º Museu da Felicidade do mundo, localizado na Dinamarca

Mas não foi apenas o pai que ajudou José Caique a voltar a estudar. Sua tia Das Dores, que também trabalha como professora, emprestou seu celular para que ele pudesse assistir às aulas online. “Aqui somos uma família, o que é de um é do outro. Ofereci meu celular que já era utilizado para fazer pesquisa por nós e ele usa o aparelho para as aulas sem nenhum problema”, declarou a parente.

Publicidade

Quando soube das dificuldades enfrentadas pelo aluno, Joana Borba, professora de Caique, também se emocionou: “Eu fico bastante feliz de saber que ainda existem pessoas interessadas na educação, querendo um futuro promissor”.