Iogue indiano que afirmava estar sem comer ou beber desde os 11 anos morre aos 90
O homem afirmava ter ficado sem alimento por 79 anos e gerou curiosidade em médicos após ser estudado
O homem afirmava ter ficado sem alimento por 79 anos e gerou curiosidade em médicos após ser estudado
Prahlad Jani, um iogue indiano, morreu nesta terça-feira, 26, aos 90 anos após viver uma vida um tanto quanto inusitada que levantou dúvidas na comunidade médica. Seu vizinho Sheetal Chaudhary disse à imprensa indiana, que o iogue morreu de velhice em sua casa.
Nascido em Gujarat, no oeste da Índia, Prahlad garantia que estava sem comer ou beber desde os 11 anos de idade, ou seja, ele afirmava ter passado 80 anos da sua vida sem ingerir nada e contava que havia sido abençoado por uma deusa durante sua infância e isso lhes garantiu poderes.
Do ponto de vista médico, sobreviver muito tempo sem alimento é impossível já que o organismo necessita de nutrientes e água para seu funcionamento, no entanto, o indiano atraiu a atenção de cientistas, que procuraram realizar estudos para verificar a veracidade de suas afirmações.
Em 2003 e 2010, equipes médicas indianas o observou por duas semanas ininterruptamente e constataram que em nenhum momento Jani comeu, bebeu, urinou ou defecou. “Este fenômeno é um mistério“, afirmou um neurologista na época.
“Recebo o elixir da vida através do orifício de meu paladar, o qual me permite viver sem alimento ou água“, justificou Prahlad em 2003 à Agence France Press.
O jornalista vienense Peter-Arthur Straubinger ficou fascinado pelo fenômeno e viajou o mundo atrás de respostas que justificassem se há pessoas que afirmam serem capazes de renunciar permanentemente a alimentação. Suas pesquisas resultaram no documentário ‘Am Anfang war das Licht’ (No princípio era a luz).
“Cheguei ao entendimento de que a ciência convencional e os ensinamentos que aprendi na escola sobre a natureza são apenas uma parte da verdade. Eles derivam apenas de sistemas de crenças (mecanicista-materialistas). É necessário questioná-los, porque o que fazia sentido algumas centenas de anos atrás agora está destruindo nosso mundo e é um fardo para criar uma sociedade aberta, amorosa e cooperativa“, disse Straubinger em entrevista a Wendy Sue Noah.