O que é o Aéreo Yoga e como ele pode te ajudar a reencontrar sua criança interior?

Conheça mais sobre a prática com tecido, seus benefícios e formas de se desafiar enquanto se diverte com as posturas e tira o pé do chão

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Conheça mais sobre a prática do Aéreo Yoga e entenda qual a diferença com o yoga mais conhecido – Pexels/cottonbro studio

Quando somos crianças, temos muita coragem para enfrentar os medos e sair correndo por aí, sem receio de sermos julgados. Mas, conforme vamos envelhecendo, passamos a ficar repletos de inseguranças. E imagina se você tivesse a possibilidade de reencontrar essa sua parte cheia de bravura? É possível ter um gostinho deste sentimento através do Aéreo Yoga com tecido. E, eu e a especialista da Bons Fluidos e professora de yoga, Aninha Mendes, vamos te contar como funciona a prática e quais são seus benefícios.

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Aéreo Yoga e Yoga Solo

A primeira pergunta que pode surgir à sua mente é: qual a diferença entre o yoga que a maioria conhece e o Aéreo Yoga? A professora do estúdio Urban Yoga, Camyla Guedes, explica que a presença do tecido é uma das maiores diferenças, mas a filosofia e o ensinamento são os mesmos: “Ele vai ser um grande ajudante na prática, que ora vai te acolher, ora vai intensificar os movimentos. Além disso, você utilizará mais suas mãos, abdômen e pernas, e conhecerá um novo lugar de equilíbrio. Com o tecido, sua postura no solo será feita com mais precisão, presença e mais ativação do corpo”.

Quais os benefícios?

Menos riscos: “O tecido, além te ajudar a equilibrar, deixa a inversão muito menos arriscada. Não existe como se machucar neste sentido, porque não tem pressão na cervical.

Corpo mais vivo: “Você faz seu sistema vascular pulsar, o sangue se movimentar, o oxigênio fluir melhor para a cabeça, e isso deixa seu corpo todo mais vivo”.

Força nas mãos: “Utilizamos muito os dedos pegando no tecido. E, hoje, nossas mãos de celular e computador estão muito mais ativas. Além disso, vamos perdendo a força com o tempo, então, com a prática, ativamos o corpo”.

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Acolhimento:Tem um momento muito especial, que é o savasana, o relaxamento, feito dentro do tecido. É como se estivéssemos em um casulinho, no útero da mãe, onde podemos nos recolher. Sentimos uma segurança de estarmos naquele lugar, sendo abraçados. É seu momento de se voltar para dentro”.

Relaxamento: “Para quem já faz yoga, que, muitas vezes, pode ser uma prática firme e sequencial, como o Ashtanga, o aéreo entra dando uma soltada e abrindo o quadril. A pessoa sai mais relaxada”.

Primeira vez no yoga

E, para quem nunca fez yoga na vida, esta pode ser uma forma de começar, já que tem a ajuda do tecido para se equilibrar. Porém, procure dar seus primeiros passos em aulas iniciantes. “O tecido mexe um pouquinho com esse lugar de equilíbrio. Então, para você não se sentir perdido ou achar que foi difícil demais, que aquilo não é para você, é importante sentir acolhimento, mas também enfrentar desafios”, aconselha Guedes.

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Há restrições?

Não há restrições e contraindicações, mas se você estiver vivendo um dia com labirintite mais ativa ou com bastante sinusite, é melhor evitar, pois ficar de ponta cabeça vai fazer muita pressão.

A vivência

Assim como em uma aula de yoga solo (a mais conhecida), a prática com o tecido também inicia-se na meditação, trabalhando a respiração e a atenção no momento presente. Depois, vem o aquecimento do corpo com seu próprio peso e com o objeto, que irá te acompanhar a aula toda. E então é hora de começar. Primeiro, vamos conhecendo como fazer a pegada correta, e aí partimos para as posturas com variações – como o guerreiro três e utkatasana, para quem já é familiarizado com os asanas. Depois de um tempo, é a hora de libertar nossa criança interior e fazer os primeiros balanços no ar, tirando os pés do chão. E assim a aula flui, intercalando entre entre o solo e o ar.

Focando no meu interior, a aula me deixou pensativa. Os minutos que se passaram me fizeram refletir sobre como é importante revivermos e darmos atenção para a criança que mora dentro de cada um de nós, além da importância de se jogar para a vida sem medo de dar errado, mas, se der, é só mudar de rota e tentar mais uma vez, como as vezes em que me desequilibrei do tecido e persisti. Além disso, enfatizou como é essencial enfrentar os desafios além do tapetinho, porque, assim, de treino em treino, ou vivência em vivência, vamos melhorando cada vez mais.

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Urban Yoga

O espaço em que fizemos a prática é o Urban Yoga, que fica localizado na Rua Jacques Félix, 75, no bairro Vila Nova Conceição, em São Paulo. Lá, eles têm opções de aulas de áereo yoga para todo o público, desde os que estão iniciando, até os alunos mais avançados. “O aéreo slow é uma aula especial, principalmente, para quem quer começar, pois a pessoa se sentirá acolhida e fará as posturas com tranquilidade”, conta Camyla. Por fim, se você não vive nesta cidade ou mora muito longe e quer começar, procure um local que ofereça a prática e se jogue para o tecido.

 

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